segunda-feira, 30 de julho de 2007

Kevin Costner é mestre do disfarce


Com um papel que deixa de lado o seu ar de galã, Kevin Costner está de regresso ao cinema com um filme estranho, perturbador. “A Face oculta de Mr. Brooks”, de Bruce A. Evans, junta Costner e Demi Moore e assenta na base de que há pessoas que têm prazer em fazer mal. Aquele mal gratuito, sem qualquer trauma de infância, nem violência sofrida adormecida. Não, aqui, o que se trata é de mostrar que fazer mal sabe bem e isso é muito constrangedor. Kevin Costner está muito bem aqui. Apaga todo o seu potencial de homem bonito, recatado, mas pronto a arrebatar corações. Aqui não há romance. Há um ser maquiavélico sempre pronto a actuar, com ou sem disfarces físicos. Com uma consciência que se materializa num amigo-inimigo, Costner vive uma vida paralela entre a sua vida pública irreprimível e o gosto oculto de matar. O filme chega às salas nacionais no dia 23 de Agosto.

terça-feira, 24 de julho de 2007

Ver Lisboa a partir do Rio


Ontem tive o privilégio de ver Lisboa de uma perspectiva completamente diferente da que estamos habituados: num cruzeiro do Tejo. Desde 1993 que a Transtejo tem o serviço turístico “Cruzeiros do Tejo”, mas a verdade é que poucos são os portugueses que aceitam o desafio de passar duas horas a navegar no nosso rio. Contra a ideia de que só os rios mais estreitos é que possibilitam tirar mais partido deles, passear de barco e ver as cidades que os circundam, como o Porto, por exemplo, a verdade é que na Capital há essa possibilidade. Eu experimentei ontem à tarde. Embarquei às 15 horas, na Estação Fluvial do Terreiro do Paço e durante duas horas redescobri a cidade que tanto gosto, e que afinal de contas não conheço assim tão bem. Entre Lisboa velha, que nos permite apreciar o Castelo de S. Jorge e o Mosteiro de S. Vicente de Fora, por exemplo, e a nova Lisboa, nascida da Expo 98, os turistas são brindados com uma bebida e por momentos desviam o olhar daquela parte que infelizmente continua a existir de contentores de cargas e descargas. Uma vista menos bonita que não estraga o passeio, já que depois da parte norte, o Cruzeiro volta a passar pelo Terreiro do Paço para nos levar até Belém, a zona nobre da cidade. Achei curioso o Padrão dos Descobrimentos visto de frente. Tão estreito que ele é. Gostei também de passar por baixo da Ponte 25 de Abril. De ver aquela estrutura metálica de uma perspectiva única, na vertical. O Cruzeiro parte todos os dias às 15 horas, até ao final de Outubro e tem o preço de 20 euros por pessoa. Crianças e idosos têm o preço especial de 10 euros, e há também a possibilidade de alugar o barco para uma festa particular.

Simpsons regressam depois de amanhã no grande ecrã


Quem era fã da série televisiva “Os Simpsons” não pode perder o filme que esta semana estreia, não só em Portugal, mas em todo o mundo. Iguais a eles próprios, Bart, Homer, Marge, Lisa e Maggie são cada vez mais uma estranha família, com hábitos menos convencionais. Sobretudo o pai, que mais uma vez é o causador de grandes confusões, mas que, por causa dos seus muito queridos donuts, desta vez consegue mesmo pôr a vida de toda a comunidade de Spingfield em risco. Com piadas que a plateia não consegue deixar de traduzir em gargalhadas, porque como sempre, brinca com coisas sérias, Os Simpsons falam no filme dos problemas ambientais, brincam com a religião e até gozam com os constantes rodapés que a sua série, assim como quase tudo hoje em dia, ganha na televisão para anunciar os programas que são exibidos a seguir. Verdadeiros desenhos animados para gente crescida, “Os Simpsons – O Filme” mostra até o pequeno Bart completamente nú, numa das passagens mais engraçadas do filme. Eu vi hoje o visionamento e não tenho dúvidas em dizer que os fãs daquela família vão gostar desta longa metragem de uma hora e meia. A estreia é dia 26 deste mês.

sexta-feira, 20 de julho de 2007

“Fumo” surpreendeu-me

Estou a mais de meio do novo livro de crónicas de Pedro Rolo Duarte “Fumo – Deixar de fumar é lixado e mais 80 lições que eu vivi” e apetece-me dizer: estou a gostar. Sim senhor. Surpreendeu-me. Não sou muito fã de livros de crónicas, mas adoro diários. E este livro é assim uma mistura desses dois estilos. Ao mesmo tempo que nos vai contando os dias, e por vezes, as horas em que quase tem uma recaída no difícil papel de deixar de fumar, Pedro Rolo Duarte presenteia-nos com textos sobre tudo e sobre nada, sobre coisas dele e coisas de todos. Se calhar as leitoras assíduas da Lux Woman encontram aqui comentários que já tiveram oportunidade de ler, mas como considero que este é um trabalho tão leve e descontraído, mas ao mesmo tempo tão despertador de consciências, recomendo-o. É daqueles livros bons para ler durante o Verão, numa espreguiçadeira e sem grandes pressas. Quero só aproveitar para reproduzir aqui um provérbio chinês que Pedro Rolo Duarte junta aos seus comentários, logo no início, e que acho genial e que encaixa na perfeição na filosofia deste espaço.
“Se tem remédio, porque te queixas?
Se não tem remédio, porque te queixas?”
“Fumo” de Pedro Rolo Duarte tem edição da Oficina do Livro.

quinta-feira, 19 de julho de 2007

Café Buenos Aires: para ir, estar e voltar


Ninguém imagina como me soube bem a noite de ontem em Lisboa. Há muito que não passeava pela cidade. E eu gosto tanto de andar por ali. No Bairro Alto, fui finalmente jantar ao Café Buenos Aires, na Calçada do Duque. Há muito tempo que fazia parte dos meus planos, mas nunca se tinha proporcionado. Até ontem. Já me tinham falado maravilhas do restaurante e eu fiquei fã também. É impossível não ficar. Só por aquela vista deslumbrante sobre Lisboa. Ainda por cima, como a noite estava boa e cheguei a horas decentes, jantei lá fora e vi cair a noite sobre a cidade, com os contornos do Castelo a ganharem a tonalidade alaranjada das luzes nocturnas. Deslumbrante. A comida também é óptima. Para além do “tradicional” Bife Argentino, um pedaço de carne suculento acompanhado por legumes, batatas fritas e uma salada maravilhosa, veio para a mesa “Torrentinos” um prato que quero voltar a comer. Maravilhoso, feirto com massa recheada com queijo, amêndoa e manjericão. A rematar, com o café um bolo de chocolate com doce de leite. Muito bom. Mesmo. A conta não assustou e o atendimento não podia ter sido melhor. Fiquei cliente.

“Um azar do caraças” chega em Outubro e vai contagiar

Estava aqui a controlar-me para não escrever sobre o filme que acabei de ver, mas não consigo. “Um azar do caraças” é um filme mesmo divertido. A sério que é. Tem piadas inteligentes, é de gargalhada fácil, mas com qualidade. Adorei. E sabem uma coisa? Até me emocionei. O filme é extremamente real. Puro. Há situações (não todas, felizmente!) onde até nos encontramos. Claro que o lado emocional chegou na altura do nascimento do bebé. Não posso contar mais senão perde a piada quando estrear. E o problema está aqui: na data de estreia. Eu não queria falar já deste filme, porque ele só chega às salas nacionais em Outubro. Extraordinariamente, a Lusomundo fez o visionamento com estes meses todos de antecedência. Não é costume, normalmente vejo os filmes duas ou três semanas antes da estreia, mas já que foi possível vê-lo hoje, não faltei e ainda bem. Vale a pena. Por estrear tão tarde, ainda nem sequer tenho fotografias autorizadas para vos mostrar. Fica apenas este testemunho. Prometo que na altura da estreia volto a falar nele.

quarta-feira, 18 de julho de 2007

Sabiam que Lisboa tem um borboletário?


Abriu no final do ano passado e há cerca de dois meses para cá que está complementado com uma exposição, pequena mas interessante sobre Borboletas. Falo do “Lagartagis”, o primeiro borboletário de Portugal que nos possibilita ver ao vivo e na vida quotidiana destes bichos, dez espécies diferentes de Borboletas e, claro, de minhocas, que se vão alimentando de espécies especificas de árvores e plantas. No Jardim Botânico da Universidade de Lisboa, na Rua da Escola Politécnica, no Bairro Alto, o “Lagartagis” é da responsabilidade do Centro de Conservação de Borboletas de Portugal e prima também por ser a primeira estufa de borboletas da Europa unicamente dedicada a espécies ibéricas. Quem ali vai não pode esperar encontrar aquelas borboletas enormes de cores exóticas, como eu vi por exemplo na Costa Rica, mas encontra espécies também bonitas e que representam as que voam pelas nossas bandas. Em maior número estão ali as Monarcas, que não se envergonham nada com a nossa presença e sugam até mais não as suas flores preferidas. Procurando nos ramos e debaixo das folhas encontramos lagartas de riscas que mais tarde vão dar origem às coloridas asas e até podemos ter a sorte de observar a passagem de lagarta a borboleta, com um recanto próprio para o efeito. A estufa é pequena, vê-se rapidamente, mas dentro do Museu Nacional de História Natural podemos ficar a saber mais com a exposição “Borboletas através do tempo”. Eu fui e surpreendeu-me.
Não percas tempo
O tempo corre
Só quando dói, é devagar
E dá-te ao vento
Como um veleiro
Solto no mais alto mar


“Lume”, de Mafalda Veiga

Não é nenhuma sugestão, mas acho que é um concelho que encaixa na perfeição na filosofia deste espaço. Desculpem a sinceridade, mas irrita-me aquela coisa do faz, não faz, vou, não vou, vejo, não vejo. O tempo passa. Nada de hesitações. A vida é para viver, sentir, ver…

terça-feira, 17 de julho de 2007

Museu Berardo vale a pena

Finalmente consegui hoje visitar o Museu Berardo. Fui à apresentação da temporada 2007-2008 do CCB (que por sinal está cada vez mais transversal e mais cuidada) e como cheguei mais cedo dei um pulinho até lá. Tenho que me render às evidências. De facto, a colecção Berardo não podia estar vedada ao público e muito menos fechada num armazém como esteve durante algum tempo. Tempo demais. Tenho que admitir que quando soube da extinção do Centro de Exposições do CCB fiquei um bocadinho desiludida, mas o que é certo que é o tamanho da colecção Berardo é tal que há sempre motivo para ir lá ver mais qualquer coisa. De facto, o espaço não ficou estático, pelo contrário ganhou outra dinâmica que me agradou muito. Uma coisa que também me deixou muito satisfeita foi ver tantas pessoas por ali. É certo que é Verão, que há gente de férias e, sobretudo, que o Museu tem entrada gratuita, e como sempre temos a mania de aproveitar tudo o que é à borla, mas isso já é um principio. Mesmo que seja por estar na moda conhecer a colecção Berardo ou ir até lá porque não se paga e toda a gente vai, a verdade é que incute de alguma forma o gosto pela arte. Eu adiro. Com uma luminosidade óptima, bonita, e peças que vão de telas de pintura de grandes dimensões a de pequeno formato, fotografias a preto e branco ou cheias de cor e instalações de luz e até mesmo vídeos que chamam a atenção pelo som, o Museu Berardo é definitivamente um sitio para conhecer. Aberto todos os dias a partir das 10, o Museu tem até ao final deste ano entrada gratuita.

sexta-feira, 13 de julho de 2007

Palácio Anjos é uma boa surpresa


Há muito que tinha curiosidade em conhecer o novo Centro de Arte Manuel Brito, no Palácio Anjos, em Algés. O Palácio e o parque que o acolhe sempre ali estiveram (desde que me lembro de andar por estas bandas), mas o Centro de Arte nasceu em Novembro do ano passado, precisamente quando fez um ano sobre a morte de Manuel Brito, um homem com uma colecção de arte realmente invejável e que não poderia de maneira nenhuma estar vedada ao público. Ontem consegui finalmente conhecer o Centro, no âmbito de uma reportagem que fui fazer, e achei que era um espaço que cabia aqui no meu cantinho. O Centro em si merece uma visita. Sem qualquer dúvida. A colecção tem representados os melhores artistas portugueses de arte contemporânea, como a tão conceituada Paula Rego, mas para além disso, o espaço em si merece ser conhecido. Reestruturado, o Palácio tem uma luz magnífica por muitas paredes e pontes de vidro entre as diferentes salas. Há um diálogo constante entre a arte e o exterior. E lá fora, a relva e esplanada convidam a uma água ou cafezinho. A mim surpreendeu-me muito. Não sabia que havia ali um espaço assim. Encostada à Marginal, na Alameda Hermano Patrone, o Centro está aberto de terça-feira a domingo, das 11h30 às 18 horas.

Livro de actividades para pais e filhos


Acabei de receber aqui na minha secretária o novo livro da Oficina do Livro “É Bom estarmos juntos”, de Patrícia Luz Pinto, que maneira prática mas sensível nos sugere como ocupar melhor o nosso tempo e o da pequenada, sobretudo agora nas férias. Assim que recebi a informação sobre o lançamento do livro fiquei curiosa, e agora que o tenho na minha mão, não resisti em dar logo uma vista de olhos. Está construído de uma maneira muito cuidada. A autora não despejou ali apenas ideias de brincadeiras ou actividades pedagógicas. O livro está salpicado de poemas que ilustram esta maneira de estar de bem com a vida e de procurar o melhor, assinados por nomes tão incontornáveis como Sophia de Mello Breyner Andresen ou Rosa Lobato de Faria. Estar com crianças e viver para elas é muito mais enriquecedor do que se julga. Neste livro, as dicas para ocupar o tempo que pais e filhos estão juntos são simples e até conhecidas de todos, mas que muitas vezes temos preguiça de pôr em prática. As ideias passam por experimentar cozinhados, fazer fantoches ou outros bonecos com materiais que fogem aos brinquedos, fazer pipocas, em vez de assistir pura e simplesmente a um filme, fazer um piquenique, ir à pesca, construir histórias com recortes e tantas, tantas outras coisas, tão fáceis e tão boas para todos. Uma “bíblia” que vou consultar muitas vezes… é um palpite!

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Cinema português vai estar em destaque no Outono


Depois de ter ido à apresentação de “Call Girl”, o filme de António-Pedro Vasconcelos que vai voltar a colocar Soraia Chaves nua na grande tela (e na pequena também, já que depois será exibido pela TVI), tive ontem o privilégio de ir à apresentação do “Julgamento” o filme que fala do 25 de Abril e da PIDE, de Leonel Vieira e que conta com Alexandra Lencastre, Fernanda Serrano e Júlio César. Digo privilégio, porque gosto sempre de estar com as pessoas que estamos habituados a ver através da televisão ou revistas, assim, num ambiente descontraído, como foi o que aconteceu ontem. Ainda que em trabalho e a encarar um batalhão de jornalistas, as pessoas revelam-se sempre diferentes e eu gosto disso. O “Julgamento” promete ser um filme cheio de força, tem personagens muito fortes e recria o nosso passado recente, o que é sempre muito bom. É uma outra forma de percebermos quem somos. Eu sou fã destas histórias. O filme vai estrear não em Novembro, como tinha sido primeiramente anunciado, mas em Outubro.

Da Weasel vão ao Pavilhão Atlântico


Já os vi ao vivo e este último CD “Amor, Escárnio e Maldizer” há semanas que não sai do meu carro. Os Da Weasel são sem sombra de dúvida um caso sério da música portuguesa e em palco empenham-se em dar um verdadeiro espectáculo. A banda da “doninha” vai ao Pavilhão Atlântico no próximo dia 10 de Novembro, num concerto que serve de apresentação oficial do último álbum, mas que também permite recordar outros grandes êxitos. Os bilhetes já estão à venda, desde a semana passada, altura em que foi anunciado o concerto, e os preços vão dos 15 aos 25 euros. Sabe-se que estão a ser “convocados” muitos convidados, mas ainda não foram divulgados. De qualquer das maneiras, acho que este vai ser sem dúvida um grande momento de música portuguesa no final deste ano. Tomem nota.

Festival de Marisco lá para os lados da Ericeira

Começa amanhã o já tradicional Festival de Marisco de Ribamar, logo a seguir à Ericeira, entre a Praia de Ribeira de Ilhas e a de S. Lourenço. Até domingo, há muito para provar e petiscar, com a presença dos mais emblemáticos restaurantes daquela zona. Nos últimos anos tenho passado por lá e acho que é sempre engraçado, sobretudo pelo ambiente. Come-se marisco ao ar livre, o pessoal está sempre bem disposto, como convém nestas coisas, e acaba sempre por ser uma noite engraçada. Quem ainda não sabia o que fazer no próximo fim-de-semana, aqui fica a dica: Ribamar, dias 12, 13, 14 e 15.

terça-feira, 10 de julho de 2007

Michelle Pfeiffer regressa cheia de charme


Já tinha lido um comentário menos bom de Nuno Markl sobre este “I Could never be your woman” que em português ganhou o título, após um concurso da Lusomundo, “Nem contigo… nem sem ti”. E de facto, não sai deslumbrada do visionamento que fui fazer hoje. O filme teve a honra de abrir o Lisbon Village Festival, há praticamente um mês, ou talvez três semanas, e foi extremamente mediatizado, não só pelo concurso para encontrar um título em português, mas também pelo cartaz que é francamente atractivo. Não digo que não gostei. Gostei, mas não é um dos filmes mais giros que vi. Vale sobretudo pela Michelle Pfeiffer que continua a dar cartas da sétima arte, para além de linda e com um corpo que faz inveja, não a uma mulher de 20, mas a uma adolescente de 15, mas também pela excelente prestação de Paul Rudd. O filme insere-se na categoria de comédia romântica sim, tem momentos divertidos, mas não é um delírio. A história gira em torno do conflito de idades, mas pelo meio sempre vai dando algumas tacadas às sociedades ocidentais, às falsas morais e aos, cada vez mais incontornáveis, problemas ambientais. Eu, pessoalmente, sou 100% a favor de ver cinema no cinema, mas este é daqueles que não perde muito se for visto em DVD. Assim… nas noites de domingo. Faz-nos sentir bem e encarar melhor a semana que aí vem.

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Évora merece uma visita demorada




Foi a convite da Região de Turismo de Évora que passei um fim-de-semana muito agradável naquela que é a capital do Alentejo: Évora. Uma cidade muitíssimo bonita que tem muito mais para oferecer do que qualquer um julga. Rica em cultura, rica (e de que maneira!) em gastronomia, rica em gentes, rica em tudo, Évora é sem dúvida um destino a ter em conta nestas férias. O pretexto para estes dias de descanso e bem estar surgiu pelo lançamento do site www.visitevora.pt, um portal muito completo que nos ajuda a planear uma escapada até lá, com as melhores sugestões de dormidas, comidas e passeios, mas muito mais. Acompanhada por um grupo muito interessante de pessoas, aceitei este desafio e o balanço não podia ser mais positivo. Instalados no Hotel da Cartuxa, requintado, mas ao mesmo tempo muito acolhedor, o fim-de-semana teve de tudo um pouco: uma visita à cidade de coche, pela Turalentejo, que recomendo vivamente, jantares e almoços nos melhores restaurantes (para além do “Cerca Nova”, do próprio Hotel da Cartuxa, experimentámos também o “Moinho do Cu Torto”, onde comi uma Sopa de Cação como nunca tinha comido, e o recém aberto “Dom Joaquim”), o fim-de-semana, permitiu-nos ainda descansar na Piscina do Hotel, óptima por sinal, e explorar um bocadinho da vida alentejana, num passeio, por exemplo à Feira de São João que encerrava naquele último fim-de-semana de Junho. Foi tudo “escolhido a dedo”, como se costuma dizer e tudo escolhido com muito bom gosto. Porque o Verão não se esgota só no litoral, Évora é de certeza uma escolha acertada para enriquecer ainda mais as férias ou fazer um fim-de-semana memorável. Eu recomendo mesmo. Permitam-me apenas um à parte e agradecer aqui à Rita de Sá pelo convite. Foi mesmo muito bom.

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Chocoterapia para revigorar o final da semana

Tal como prometido, cá estou eu para contar a experiência desta manhã, da massagem com chocolate, na Plaza Clinic, no Amoreiras Plaza. O nome oficial é “Chocoterapia” e a verdade é que saímos de lá revigorados. Só pelo cheiro e pela música calma, que nos consegue transportar para destinos exóticos como o Oriente, já vale a pena. A massagem consiste num verdadeiro banho de chocolate. Transportado numa tigela, o chocolate está à temperatura ambiente, tépido eu diria, e é barrado ao longo do nosso corpo. Instala-se logo ali uma atmosfera especial, onde não há maneira de ignorar o cheiro doce do chocolate. Depois disso e antes de nos deixarem repousar um bom quarto de hora, para dar espaço à absorção do chocolate pela pele, temos ainda direito a uma massagem na cabeça e cara. No corpo, só chega depois de um duche refrescante e logo aí percebemos como o chocolate é hidratante. A pele fica macia como nunca esteve. Não estou a exagerar. Quanto ao rumor de que a massagem é afrodisíaca, eu deixo o desafio: experimentem que logo vêem.

Mafalda e João Pedro reinventados


Há dois meses que está nas lojas, mas só ontem é que tive oportunidade de o ouvir na íntegra e completamente, do princípio ao fim. “Lado a Lado” de Mafalda Veiga e João Pedro Pais acaba de conquistar o Disco de Platina e eu fiquei muito agradada com o que ouvi. Não sou propriamente a fã número um de qualquer um dos dois, ainda que desde sempre tenha ficado com uma ou outra música deles na memória, mas o que é facto é que juntos funcionam muito bem. “Lado a Lado” mostra como os dois tiveram a capacidade, que eu considero difícil, de eles se reinventarem a eles próprios. Claro e obviamente, o meu maior aplauso vai para “Paciência” do brasileiro Lenine, mas gostei sinceramente da nova versão de “Ninguém é de Ninguém”. Para além das músicas de Mafalda Veiga e João Pedro Pais, os dois músicos trazem ainda para este disco uma de Fausto e outra de José Mário Branco, que são uma óptima surpresa. De registo calmo, acho o álbum uma boa companhia para as viagens de férias. A edição é da Som Livre.

quinta-feira, 5 de julho de 2007

“Bordertown” um filme obrigatório

Fui ao visionamento sem esperar nada e sai de lá completamente rendida a este novo “Bordertown”, traduzido, a meu ver de forma redutora para “Cidade Sob Ameaça”. Com um cartaz onde figuram os nomes de Jennifer Lopez, assumidamente mal-amada pelos críticos nacionais e internacionais, António Banderas e Sónia Braga, também eu não dava nada pelo filme. Não me dei ao trabalho de pesquisar sobre a história e como tinha tempo hoje de manhã, decidi ir e ver o que era. Bem dita a hora em que rumei ao visionamento. Eu sou completamente fã de histórias verídicas e este filme conseguiu mesmo chocar-me. Não tenho dúvidas que o mesmo vai acontecer com muita gente e sobretudo quem já esteve nalguma cidade da América Latina. Passada no México, a história conta como um mundo inteiro se está completamente nas tintas, desculpem-me a expressão, para um conjunto (de apenas 5 mil, mais coisa menos coisa) de mulheres que diariamente são violadas e estranguladas até à morte. Há quem não saiba e há quem não queira saber. Há cenas verdadeiramente arrepiantes. E pensar que tudo aquilo aconteceu na verdade… a história parece ter comovido a América e acredito também que muitos vão ser os críticos que desta vez vão aplaudir Jennifer Lopez. Está francamente bem, eu tão pouco me lembrei quem ela era na realidade, a estrela da música latina. Eu gostei mesmo muito. Recomendo. Atenção que a data de estreia, no próximo dia 12, próxima quinta-feira, coincide com a estreia do novo Harry Potter, o que o pode abafar!

Bem dito sejas vida-maravilha

Passados três meses da abertura deste meu espaço, acho que é uma altura justa para dizer umas novas palavrinhas sobre o Vida Maravilha. Não que ligue assim tanto a estas coisas dos meses (só nos bebés!!!), mas a verdade é que apetece-me dizer um Obrigada por tudo aquilo que este meu refugio me tem permitido fazer e, como acabam de passar três meses, achei que seria ainda mais oportuno!
Desde que criei o Vida Maravilha que estou empenhada em viver mais, ver mais, ir mais, sentir mais… há três meses para cá que me obrigo a fazer mais reportagens, em sair mais para a rua. Estou mais motivada a escrever, nem que seja a escrever só para mim, ainda que saiba que tu Miguel, tu Filipa e tu Ana estão sempre aí à coca a ver as novidades. Desculpem se há mais fiéis na visita deste cantinho e eu não vos menciono. Gritem-me, que é como quem diz: deixem um comentário. Troquem impressões comigo.
Tenho aprendido muito, tenho conhecido mais gente, gente muito interessante. Percebi que tenho limitações que desconhecia e isso é tão salutar… só me faz querer evoluir mais e mais.
Muito obrigada Vida Maravilha.

“Transformers” chega hoje aos cinemas

Com uma ampla estratégia de marketing, “Transformers” estreia hoje em Portugal. O filme baseado nos desenhos e nos populares brinquedos, dos anos 80, de carros e helicópteros que num ápice se transformam em poderosos robots, bons e maus (os que têm a função “proteger” e os que têm a função “destruir”), vai com certeza conquistar o publico mais jovem, agora em férias escolares. O início do filme é promissor para os adultos, mas depois rapidamente entramos naquele universos dos impossíveis, ali sempre possíveis. Dinâmico e com muitas explosões, perseguições e carros pelos ares, prédios destruídos e muitos gritos, o filme é direccionado sobretudo aos mais crescidos dos mais pequenos, que possivelmente ainda têm lá em casa escondidos alguns destes brinquedos. Ao jeito do ET, o filme tem ainda um lado humanizado dos extra-terrestres e desta vez há um que decide mesmo ficar com os humanos!

quarta-feira, 4 de julho de 2007

“Belle Toujours” de Manoel de Oliveira estreia amanhã


Tive ontem o privilégio de ser convidada para a antestreia, na Fundação Calouste Gulbenkian, do novo filme de Manoel de Oliveira “Belle Toujours”. O filme é passado em França, e resulta numa homenagem do mestre português a Luís Buñuel e a Jean Claude Carrière, já que recupera as duas enigmáticas personagens do filme «Belle de Jour», 38 anos depois. Tendo subjacente, a meu ver, o tema da falsa moral, o filme mostra o reencontro de dois amantes, mas não de forma apaixonada e sentida. Ele tem um segredo e ela só quer saber isso que ele tanto esconde. Mas parece que dali não consegue extrair nada. Nem ela, nem ninguém. O filme tem as marcas que caracterizam o mais velho realizador português, com planos muito demorados e uma luz sombria. A duração do filme não ultrapassa uma hora. A estreia nacional acontece amanhã.

Margarida Vila-Nova lança diário de bordo


Ainda que considere que a encadernação e as fotografias podiam ter tido melhor tratamento, não posso deixar de fazer referência neste meu espaço ao novo livro da Guerra&Paz. “Margarida na Austrália” foi lançado ontem ao final do dia, no El Corte Inglés e conta em discurso directo a viagem que a actriz Margarida Vila-Nova fez à Austrália. Não quero deixar de fazer referência ao livro por duas razões: a primeira é porque é mediático, já que parte da experiência de uma figura conhecida, a segundo, uma razão mais pessoal, porque eu adoro relatos de viagem e também eu tenho esse sonho de conhecer a Austrália. Com muitas fotografias, mas também mapas e até brincadeiras de banda desenhada, o livro permite-nos também viajar um bocadinho e perceber como é andar à descoberta de novos mundos, culturas, paisagens e pessoas, durante dois meses seguidos.

terça-feira, 3 de julho de 2007

“À Prova de Morte” mais um Ás de Tarantino


Acabei de chegar do visionamento de “À Prova de Morte” (“Death Proof” na versão original) de Quentin Tarantino. Soberbo. Aliás, como se esperava. Muito ao jeito de “Pulp Fiction”, filme que definitivamente marcou a carreira do realizador, esta volta a ser uma história cheia de charros e álcool, com personagens muito reais, credíveis, e uma banda sonora espectacular. Os planos apertados de Tarantino, que passa minutos centrado nuns pés, por exemplo, não fogem à sua marca e envolvem o público como só ele sabe fazer. Quase que entrei dentro da história. Quase que cheirei aquela “erva” toda. Quase que a mim, também, me deu vontade de matar aquele suposto duplo diabólico, interpretado por Kurt Russel. O filme estreia dia 19 deste mês, depois de ter estado em competição no Festival de Cannes e eu digo: não o devem perder. Está realmente tão bom que ainda esperei que no final dissesse algo do género “inspirado na história verídica de…”. Mas não, o argumento é de Tarantino, a realização também e a nós basta-nos aplaudir. Muito bom.