quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Lili Caneças estreia-se hoje no teatro



Enquanto jornalista, posso dizer que conhecer e conversar com a mediática rainha do Jet 7 nacional revelou-se uma enorme surpresa. Habituamo-nos a rotular as pessoas, com o que vamos lendo nas revistas cor-de-rosa, que muitas vezes, de rosa têm pouco. A ideia de fútil que podia associar a Lili Caneças desvaneceu-se completamente na semana passada quando a entrevistei nos ensaios de “Doce Pássaro da Juventude”, a peça que estreia hoje no Teatro Mirita Casimiro, no Estoril, pela mão do Teatro Multiculturas. A encenação é de Thiago Justino, actor brasileiro que há muito nos habituámos a ver por cá e que tem-se revelado como um valor maior no nosso teatro. O texto é conhecido de todos. Escrito por Tennessee Williams fala na obsessão da imagem na vida urbana actual, no prolongar da juventude para além do que é razoável, e porque não dizê-lo, elegante. Lili Caneças tem o papel principal: o de uma actriz em decadência que acredita ainda ser possível brilhar. A socialite não teme pontes entre a ficção e a realidade e sem pretensões a ser a partir de agora vista como actriz, Lili Caneças quer apenas transmitir a mensagem: nunca é tarde de mais para concretizar um sonho. Uma mensagem que subscrevo. Pelo que já tive oportunidade de ver, pelo tema, por tudo e principalmente pela surpresa e lição de vida, o Vida Maravilha recomenda este espectáculo. Vai estar em cena só até dia 14 deste mês, voltando para uma digressão nacional no início de 2009. Até lá pode ver-se de terça-feira a sábado, pelas 21h30 e domingo, às 16 horas.

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