sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Feliz 2011

A todos os que me lêem, seguidores oficiais ou leitores de mero acaso, um Feliz 2011. Que seja um ano fertil em ideias boas. Já é um bom começo.

4 metros quadrados

A melhor altura do dia é quando os três invadem a nossa cama. A mais pequena involuntariamente, para beber leite ou arrotar, mas os outros dois por vontade própria e obrigando-nos a ver os desenhos animados de manhã. E sabe tão bem, ficarmos ali os cinco, tapadinhos a ver Tv, nuns miseros mas tão confortáveis quatro metros quadrados...

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

A semana em que a casa veio abaixo... ou quase

Do Natal para cá já se partiram e estragaram mais coisas cá em casa do que em seis anos de casamento. Estou que nem posso e não vou mentir ao dizer que quase explodi a chorar aqui à minutinhos quando o meu príncipe de ano e meio me partiu um aquário antigo que há um ano albergava as cápsulas da Nespresso. Dava um efeito tão giro, um globo redondo cheio de cores lá dentro. Assim por alto posso dizer que se partiram em seis dias: um copo, dois pratos (um deles lindo, pesadíssimo e carísimo, também, que por sinal tinha sido presente de casamento), eu estraguei a cafeteira eléctrica, que me dava um jeitão para ferver a água para a minha bebé, e ontem nem o menino Jesus escapou às mão do gaiato. Ele tira tudo do sítio, não pára um segundo e está a deixar-me louca. Passo a vida a gritar cá em casa e não me admirava nada que as primeiras palavras da minha bebé fossem "Não mexe". É que não consigo dizer mais nada o dia inteiro.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

'Pirosona' mai linda da mãe

(Agora que falei em cinema, lembrei-me de uma que ainda não tinha contado)
No outro dia, a minha princesa mais-que-tudo mais crescida foi ao Teatro pela escola. Foi ao Tivoli ver "Bzzz Bzzz, a União faz a Força" que por sinal adorou e que, por sinal também, eu já ouvi falar bem. Como estava a contar: no outro dia ela foi ao teatro e levou vestido: umas cuecas da Barbie, umas meias da Margarida, uma camisola da Kitty, um casaco da Minnie e uma mochila da Miffy. Assim, tava sempre salvaguardada, fosse qual fosse a boneca de eleição das amiguinhas tinha sempre alguma coisa para mostrar!!

Se Maomé não vai à Montanha...


Hoje houve sessão de cinema cá em casa. A preceito, que a princesa pediu logo para fechar os estores para fazer, não uma sala de cinema, mas "uma casa de jantar de cinema"! O que eles inventam. E fechamos os estores, as japonesas só. E fizemos pipocas. E os dois a ver quem comia mais. Claro que foi ela, que ele comeu mais devagar, mas não estranhou o sabor nem a textura. É um autêntico forninho o meu bebé, queima tudo!! Isto de termos uma bebé de menos de um mês e meio é o que dá. Com este frio fica a trupe toda a em casa. E é nisso é que está a graça: reinventarmos coisas para fazer. E o que eu adorava as férias de Natal quando era gaiata, para poder ficar o dia inteiro de pijama a brincar com as coisas novas. Mas hoje, apetecia-me tanto levá-los ao cinema a sério... Qualquer dia. Qualquer dia oiço-me na fila para a bilheteira a dizer: são cinco bilhetes, por favor!

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

O meu Natal


Teve rabanadas, sonhos e azevias. Mousse de chocolate, de manga e arroz doce. Bolo de noz, de cenoura e chocolate e torta de laranja. Teve bacalhau, roupa velha, cabrito assado e leitão. Teve presentes inesperados (como a bola de pilates oferecida pelo mano e cunhada F a cada um de nós os dois e os chouriços para a piscina para os cinco, da cunhada P), outros previsíveis, mas ansiados e outros maravilhosos como só a minha mãe sabe dar. Teve abraços, beijos e agradecimentos comovidos e sentidos. Teve gargalhadas e gritos de euforia dos mais pequenos até nos doerem os ouvidos. Teve birras de ansiedade, terminadas em sonos repentinos e igualmente rápidos. Teve uma alvorada apressada para ver se o senhor das barbas brancas tinha comido as bolachas deixadas junto à lareira. Teve bom vinho à mesa. Teve família, a importante reunida à mesa, mas também sentada no sofá e até no chão para brincar com os petizes. Teve dores nas costas de cansaço, sono e barriga cheia de doces. Teve uma mesa cuidada e requintada, no início, e manchada de vinho de copo derrubado no fim. Teve gritaria e ralhetes com fartura, para pôr ordem nos mais pequenos. Enfim, teve tudo o que significa ser Natal.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Feliz Natal!


Sou pessoa de adorar o verão, o sol, o calor e os mergulhos na praia, mas sem qualquer dúvida que a noite de Natal é para mim, e sempre foi e não só agora que sou mais de três, a noite mais especial do ano. Adoro estar em família. Adoro os presentes debaixo da árvore. Adoro a maluqueira das crianças e os doces à mesa. Adoro o Natal. E é com este espírito de conforto, de família, de amor e paz que vos desejo um Feliz Natal!

(Este ano juntou-se ao pé da princesa mais que tudo mais crescida cá de casa, a mão do meu príncipe. Estou inquieta para ver o que para o ano acrescento à árvore, feito pela mão da mais piquena, agora com um mês!)

sábado, 18 de dezembro de 2010

Notícias da Cozinha


Em três dias, três festas, um forno sempre a trabalhar e uma cozinha para arrumar. Assim, fizemos: duas quiches de bacon e tomate, uma quiche de atum e espinafres, uma mousse de maracujá, um bolo simples de maçã e umas bolachinhas de manteiga, simplesmente divinas. As bolachas foram feitas a quatro mãos e com muitas histórias e sonhos à mistura. E, estão tão boas...

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

O mais bonito Boneco de Neve de sempre!


O repto era simples: o meu pequeno príncipe tinha que ir todo vestido de branco para a festinha do colégio. Roguei pragas à má sorte que ele não tinha qualquer peça de roupa branca e no inverno não é fácil de encontrar, nem pijamas! Mas lá o pai desencantou numa loja uma camisola e uns collants e o resultado foi o melhor Boneco de Neve de toda a história. Ao som da música dos Anjos o meu príncipe dançou e bateu palmas como ninguém no palco. Com a sua farta cabeleira loira, houve quem lhe chama-se menina com comentários deste género: "Olha aquela menina, tão linda, tão feliz..." Eu não me importo nada com isso. É sinal que é lindo de morrer. Palavra de mãe babada. Temos artista, dançarino, palhaço para a noite da consoada aqui em casa! A coisa promete.

Entretanto, hoje é a festa da mais crescida. Vamos ver o que sai dali. O recado para os pais era: ir toda vestida de azul. Mais fácil, sim senhora!

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

(Boas) Festas!!!

A minha casa trasanda a Natal! Desde pequena que tenho este hábito, se hábito lhe podemos chamar. Fosse Março, Junho, Setembro ou Outubro, sempre que a minha mãe fazia comida de forno, sobretudo bolos, eu entrava em casa e dizia "Cheira a Natal". Hoje é a minha casa que cheira assim. Hoje é a festa no colégio dele, amanhã a festa na escola dela e, no sábado, temos um jantar de Natal em casa de amigos, com a filharada toda junta como eles tanto adoram. Entre quiches, bolos, bolachinhas e afins temo pela vidinha do meu forno que até sábado está literalmente de serviço. E temo também pela minha linha. Com o cheirinho que vai por aqui, acho que engordo só pela enalação!

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

De modos que: muito obrigada!


Aos senhores do açúcar

Há possibilidade, por favor, de reporem o stock de açúcar amarelo no mercado? Eu até nem me importo de ter um Natal light, que uma pessoa tem que fazer por estar na linha, mas visto estarmos os cinco cá em casa cheios de tosse e de eu ainda amamentar um rebento, que completa amanhã um mês de vida, gostaria de fazer o famoso xarope caseiro de cenoura... Assim, só para não meter quimicos pela goela abaixo da minha recém-nascida. Pode ser?

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Super mãe!!

Esta reportagem de hoje da RTP deixou-me esmagada. Já andei por aqui à procura de mais informação e até encontrei uma reportagem do Expresso há cerca de um ano. Também já está online uma apresentação do futuro filme brasileiro baseado nesta história verídica. Flordelis é uma mulher brasileira que tem 50 filhos. São adoptados, claro, mas ainda assim, ou se calhar por isso mesmo, torna a notícia ainda mais espectacular. Basta pensar que há infantários, por exemplo, que não têm tantas crianças. Não se trata de ter uma casa grande, com condições para acolher esta filharada toda, mas ter um coração gigante que a faz dedicar a vida a crianças que de outra forma teriam como vida o mundo da droga e do crime. É de valor...
Quem não conhece a história e não viu ontem a reportagem, pode fazê-lo por aqui http://ww1.rtp.pt/noticias/index.php?t=Mulher-brasileira-adoptou-mais-de-50-criancas.rtp&headline=20&visual=9&article=399062&tm=7

domingo, 12 de dezembro de 2010

Já votei!


Todos os anos compro o CD ou livro da Leopoldina e este de 2010 veio para casa ontem. Esta "Missão Sorriso" tem para mim este ano um significado acrescido e especial. Pela primeira vez tive um filho, neste caso a minha princesa, agora com três semanas, nos cuidados neonatais e isso deixou-me esmagada. Aquela sala, aqueles barulhos das incubadoras a apitar quando alguma coisa estava menos bem, aquela atmosfera, aqueles rostos dos médicos e enfermeiros a darem o tudo por tudo 24 horas por dias, jamais me sairão da cabeça. Este ano cabe ao público votar no projecto que entender. Eu tive três filhos no Hospital Fernando Fonseca. Esta minha pequenina passou pelos cuidados intensivos da neonatologia. Nunca poderia deixar de votar no projecto do Amadora-Sintra. Quem quiser votar pode fazê-lo, por aqui http://www.missaosorriso.continente.pt/votar.php

As horas...

- Filhota, consegues dizer as horas à mãe? (isto de ter uma recém nascida que prefere dormir a comer tem muito que se lhe diga, sempre com um despertador à mão!)
De olhos abertos e com ar de concentração em frente do receptor do meo, responde a princesa mais-que-tudo-mais-crescida:
- i, i, 4 e i (11h41)
Depois de lhe explicar que nas horas não há letras, mas só números e que o um é igual ao i, nas horas, sem aquela 'perninha', perguntei de novo passado um tudo nada de tempo.
Resposta:
um, dois, bolinha, bolinha... (12h00)
...
foi à maneira dela, mas a tradução automática de mãe é infalível. Obrigada pela ajuda, está na hora de acordar a tua mana!

sábado, 11 de dezembro de 2010

102

Manoel de Oliveira faz hoje 102. O mais espantoso deste aniversário não é o facto de chegar a esta majestosa idade, mas sim de chegar aqui tal como ele chegou: cheio de projectos para o futuro. Muitos parabéns e aguardamos novas criações, pois claro!

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Da Weasel

Tenho pena que tenham anunciado o fim. Gostava deles. Não só dignificaram a música portuguesa como, a meu ver, contribuiram para deitar por terra alguns preconceitos da sociedade actual.

Não ao desperdício alimentar

Ontem, tomei conhecimento desta causa e não posso deixar de a partilhar aqui. É um verdadeiro absurdo não se poder aproveitar a comida que sobra nos restaurantes e refeitórios das empresas. Não é só um absurdo. Com tanta gente a morrer à fome, eu diria mesmo que é crime. O mais interessante desta petição pública, que visa a alteração da lei para que não haja desperdícios alimentares e se possa alimentar quem mais precisa (e cada vez são mais os que não têm dinheiro para comer), é que parte da iniciativa particular de um piloto da TAP, António Costa Pereira. Com certeza, este senhor consegue fazer refeições quentes todos os dias e nos restaurantes em que bem entender, porque o salário de um piloto de aviação é confortável como todos sabemos. Mas não é por não sentirmos fome que devemos ficar adormecidos face às barbaridades das sociedades de hoje. Ele é o exemplo disso... um exemplo a seguir. Assinem a petição em http://www.peticaopublica.com

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Bem me parecia

O meu príncipe, que ontem fez 17 meses (está tão graaande!), passou o fim-de-semana inteiro aos gritos. Não quis comer, não quis beber, não quis brincar, não quis nada. Quis colo, lá isso, quis. Fui vigiando e dando ben-u-rons, poque para ele não querer comer, alguma coisa era. E hoje, lá apareceu a famosa febre aftosa. Só falta agora pegar às manas para o arraial cá em casa ser ainda maior! Não falta mesmo nada...

Muito doce


Há anos que é uma música que dá que falar, entre os anúncios portugueses, mas esta versão natalícia está muito doce!!!

sábado, 4 de dezembro de 2010

Já estou mais descansada...

A minha filha mais crescida nunca mordeu, nem na escola, nem em casa, nem aos amigos do mesmo tamanho, nem aos crescidos. Já ele, até há 15 dias, o mais pequenino cá de casa, digamos que volta e meia, meia volta, lá morde. Felizmente, até agora, só cá em casa, à mana, aos pais, às almofadas, a tudo o que mexe e não mexe, mas pelo menos na escola não. De qualquer das maneiras, gosta de levantar a mão, aos amiguinhos da escola também, e isso anda a preocupar-me. Raça do rapaz é torto, ando sempre a dizer. Mas, ontem, na reunião da sala dele, foi distribuído este artigo, que me deixou bem mais descansa. Afinal, o meu príncipe não é violento, mas curioso face ao meu envolvente. Quero acreditar que sim!
Fica aqui disponível para os pais que também procuram entender melhor o universo infantil...


Morder…
Uma coisa muito comum nas Creches – mas que costuma provocar muita preocupação nos pais – são as mordidelas. Principalmente no período de adaptação, em que, além da maioria das crianças estar a viver a sua primeira experiência social extra-familiar, os grupos estão em fase de formação, de “primeiras impressões”, ou em situações de entrada de crianças novas para a sala, as mordidas quase sempre fazem parte da rotina diária das crianças. Não é fácil lidar com esta situação, tanto para os pais (é muito doloroso receber o filho com marcas de mordida!) , quanto para nós, Educadores (que nos sentimos impotentes, na maioria das vezes, sem conseguir impedir que elas aconteçam).
É importante pensarmos sobre este tema; Por que é que as crianças pequenas se mordem umas às outras e às vezes até a si mesmas? Expressão de agressividade? Violência? Stress? Sentimento de abandono?
As crianças pequenas geralmente mordem para conhecer. Para elas, tudo o que as cerca é objecto de interesse e alvo de curiosidade, inclusive as sensações. O conceito de dor, por exemplo, é algo que vai sendo construído a partir das suas vivências pessoais e principalmente sociais, e não é algo dado á priori.
Mordendo o outro, a criança experimenta e investiga elementos físicos, como a sua textura (as pessoas são duras? São moles? Rasgam? Partem?), a sua consistência, o seu gosto, o seu cheiro; elementos “sexuais” (no sentido mais amplo da palavra), na medida em que morder proporciona alívio para as suas necessidades orais (nelas, a libido está basicamente colocada na boca) e ainda investiga elementos de ordem social, isto é, que efeitos esta acção provoca no meio (o choro, o medo ou qualquer outra reacção do amiguinho, a reprovação do Educador, etc).
É claro que, vencida esta primeira etapa de investigação, algumas crianças podem persistir em morder, seja para confirmar as suas descobertas ou para “testar” o meio ambiente (disputa de poder, questionamentos de autoridade, etc). Ou ainda, pode ser uma tentativa de defesa: ela facilmente descobre que morder é uma atitude drástica. Raramente a mordida é um acto de agressividade, e muito menos de violência, a não ser que estejam a viver alguma situação de intenso stress emocional em que todos os demais recursos estejam esgotados.
Com o passar do tempo de trabalho em grupo, o Educador tem a possibilidade de planear as suas acções e estratégias no sentido de fazer com que as crianças possam reflectir, sobre esta questão.
Artigo da Psicopedagoga Claudia Sousa

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Chegaram também os carrinhos de choque?

Ai, não. Desculpem, são os efeitos típicos da janela ali da frente. Adoro o Natal, mas odeio os efeites psicadélicos às janelas que nada têm de espírito natalício... Sinceramente, às vezes penso que as pessoas confundem Natal com Carnaval.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Chegou o Natal


Com a entrada de Dezembro, o Natal chegou oficialmente cá a casa. Ontem fizemos a nossa Árvore de Natal, para enorme felicidade da princesa-mais-que-tudo-mais-crescida. Há dias que não se calava com o "quero fazer a árvore" e ontem foi o dia escolhido. Fizemos a árvore todos juntos, a muitas mãos e muitas gargalhadas. O principe, no auge do seu anito, começou por me ir dando as bolas e bonecos que ia tirando das caixas, mas depressa achou que giro, giro, era tirar aquilo que iamos pendurando. Com mais grito aqui, mais distracção ali, mais um "olha ali" e "vai lá, vai lá", lá conseguimos acabar a árvore, mesmo em cima da hora do jantar e com a princesa recém nascida a apelar a mais uma maminha! Mesmo assim, ainda tivemos tempo de fazer uma sessão fotográfica (nada fácil, mas muito bem disposta), dos cinco sentados junto à árvore. E a Princesa-mais-que-tudo-mais-crescida também iniciou o sempre desejado calendário de Natal, com um chocolate por dia a té dia 24. É certo que estes calendários nada têm a ver com o rigor do advento, mas também é certo que estes calendários tornam-na mais felizes e isso é que importa. Não será isto mesmo o Natal? Tornar os outros mais felizes só porque sim?!

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Entre o caos e a boa disposição

Na primeira saída a cinco, há dias, não para nenhum evento social, mas apenas e só para a primeira consulta da pequena cá de casa, com direito a jantar em casa dos avós, diz o pai das minhas crianças: "tenho a sensação de estar dentro de um mini". E de facto, olhei à volta e parecia que iamos de férias e não apenas ali ao lado. Era carrinho para ele, carrinho para ela. Uma muda de roupa para cada um dos três, não vá o Diabo estar à espreita e pregar-nos uma rasteira. Era um lanchinho, porque os dois mais crescidos têm fome a qualquer hora. E gorros para os três, e mantas e frandinhas de pano... e... e...
Nem quero saber como é que vai ser quando formos de férias... E pensar que temos nós uma monovolume. Se fosse um carro normal, não sei como seria.

Causa Maior


Aqui em casa somos fãs da Popota. Todos os anos compramos o que ela sugere, tendo em vista o apoio à sua "Causa Maior" que serve para prestar auxílio aos séniores pela Cruz Vermelha Portuguesa. Este ano já cá estão em casa dois livros/cadernetas da Popota. Confesso que o livro que mais gostei dela foi o primeiro, que trazia boas receitas de cozinha. Mas este, verdade seja dita, faz as delícias da mais crescida cá de casa, que adora cromos...

Agora só falta comprar o que a Leopoldina tem para oferecer este ano.

Porquê? Porque acredito que assim vivemos numa sociedade melhor, ajudando os outros. Os valores são sempre poucos, mas se todos participarmos formamos uma bolo gigante. E as crianças (apoiadas pela Leopoldina) e os sériores (pela Popota) merecem toda a nossa ajuda.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Fome

É sempre assim... Passo uma gravidez tranquila, sem desejos nem fomes ou faltas de apetite. Tudo exactamente igual ao estado de não grávida. Mas assim que começa esta saga da amamentação como que nem uma desvairada. Fome. Muita fome, de manhã, à tarde, à noite, quando me deito, quando acordo durante a noite, se passo pela cozinha, se lhe viro as costas... enfim: comida, comida e comida. A sorte é que, felizmente, passada uma semana após o parto estou a vestir a minha roupa normal, sem suster a respiração. Assim, mesmo como se na semana passada não tivesse tido a filha que tenho agora ao colo na minha barriga... A ver se não estrago! Directiva para os próximos... minutos: fechar a boca!

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

O Quinto Elemento


Desde o meu último post, publicado há precisamente uma semana atrás, a minha vida mudou. Mudou, não radicalmente, mas mudou. Mudou para melhor. Nasceu a princesa-mais-que-tudo-mais-pequena, para se juntar aos meus dois tesouros de quatro anos e de apenas 16 meses. Agora somos oficialmente cinco. E eu estou muito feliz. Esta última gravidez foi inesperada. Em quatro anos tive três filhos e isso é, de facto, um ranking pesado, por assim dizer. Foi assim que aconteceu e se calhar é por isso que é assim tão perfeito. A planear as coisas não teria tido esta bebé tão próxima do irmão. Ele ainda é tão pequenino… mas a verdade é que tudo se compõe e adapta de uma forma tão harmoniosa e espectacular que tudo se torna ainda mais mágico. A mana mais velha é a melhor irmã do mundo. Recebeu tão bem o irmão, no ano passado, que pensei que agora não ia ser igual. Mas foi. Ela dá beijinhos na mana o tempo todo. Tem que lhe pegar ao colo, vezes sem conta, olha para ela como se fosse eu. É comovente. Mas o engraçado é que ele, espalha brasas como mais nenhum, bruto mesmo, para quem o conhece de perto, capaz de passar por cima de qualquer coisa e de mão levantada para quem se opuser, está rendido à bebé. Faz festinhas maravilhosas na cabecita dela… e a mão dele é do tamanho da cabeça dela! Fica quietinho a olhar para ela e está apaixonado. Outra vez apaixonado, porque com a mana crescida é igual. Este é um post lamechas. É sim, senhor, mas eu estou babadíssima com a família que conquistei. É incrível como o amor é mágico (tal qual dizem os Expensive Soul!!) e tem esta capacidade de se multiplicar. Amo os três por igual e passado seis dias do nascimento da mais pequenina já não saberia viver sem ser assim, a cinco!
(Entretanto, o meu enorme obrigada a todos os que estiveram comigo nestes dias, pessoalmente, por mensagens, por telefonemas, em pensamento... É tudo muito mais fácil quando temos quem goste de nós!)

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Assim a modos de... quer-se dizer...

Nestes últimos afazeres antes de trazer ao mundo a princesa-mais-que-tudo-mai-pequena, e são tantos e tão poucas horas (!), decidi comer qualquer coisa na rua hoje de manhã antes de entrar na depilação. Cheguei 10 minutinhos mais cedo e decidi beber uma meia-de-leite quentinha. Olhei para os bolos e consenti-me a cometer também um pecado. Quando entrei no cafezinho, muito requisitado por sinal, andava a senhora a limpar tudo com alcool. "No ano passado andava tudo histérico por causa da gripe A, agora já ninguém fala nisso, mas eu continuo a limpar tudo com alcool", dizia-me enquanto despejava mais um bocadinho no balcão e passava com um pano. Eu concordei e fiquei contente, porque asseio é coisa que me satisfaz. Logo a seguir pergunta-me o que quero comer e não é que tira o bolo com a mão... Fiquei assim, como vocês, sem reacção e de boca aberta, sem vontade nenhuma de comer. Ele há cada uma.

sábado, 13 de novembro de 2010

Marco Rodrigues - O Homem do Saldanha

Foi preciso morrer o Sr. do Adeus para descobrir este magnífico fado de Carlos de Carmo e Marco Rodrigues. Não resisto a partilha-lo aqui com quem me lê.

O maior S. Martinho de sempre

Adoro castanhas e sempre adorei, sobretudo assadas, bem tostadinhas. Mas a verdade é que nunca vivi um magusto assim de se lhe tirar o chapéu, como se costuma dizer. Sempre todos bons, mas muito tranquilos, em casa, com a família. Assim, tudo muito calmo, mas bom. Este ano e cá estou eu mais uma vez rendida à vida aqui ao pé de casa e sobretudo à escola da minha princesa-mais-que-tudo, o S. Martinho acabou por ter um sabor maior. Como dei conta aqui no estaminé do lado (http://www.cemsono.blogspot.com/), a escola organizou no dia 11 uma Feira de Outono. Sou sincera, quando soube que era apenas das 15 às 17h30 fiquei um pouco desolada, porque pensei: assim quase não vem ninguém, as pessoas trabalham, etc etc. Meus amigos, quando lá cheguei, por volta das 16h, mais coisa menos coisa, não se conseguia andar. Estava tão cheia, mas tão cheia, uma verdadeira loucura como nunca, aliás, tinha visto. Todos os pais, avós, amigos, enfim, uma enorme família, porque entretanto já os pais se conhecem entre eles, estavam na feira. Havia castanhas, água pé, arroz doce, bolos maravilhosos, marmelada e muitas coisas boas para comprar, a preços irrisórios (excepção feita às castanhas que eram à borla), já que tudo foi feito ou pelas crianças ou pelos pais dos miúdos. Uma verdadeira festa de S. Martinho, que deixou as crianças doidas de alegria (eles adoram ver os pais a participar nas coisas da escola deles) e os pais, por mim falo, com o sentimento de confiança em ter escolhido esta escola para eles.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Sweet Fall


O Outono não é de perto nem de longe a minha estação do ano preferida. Sobretudo, porque por estas bandas funciona um pouco como Inverno antecipado, de dias frios, cinzentos, cada vez mais pequenos e com muita chuva. Mas há que se fazer justiça, e de facto se há estação que dá bons quadros/fotografias é esta. Hoje de manhã, apesar da chuva, o sol lá foi abrindo e eu tirei esta fotografia aqui tão perto de casa. Se o Outono fosse sempre assim, em tons de dourado, ganharia muito mais adeptos, estou certa...

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Pão por Deus




Aqui na 'terrinha', à beira-mar plantada, vive-se intensamente o Pão por Deus. Os principes fazem sacos na escola e enchem-nos de coisas boas. O meu principe trouxe o seu saquinho do colégio na sexta-feira cheio de broas de batata-doce, deliciosas... E o saco, só por si, pintado por ele, é maravilhoso. Amanhã é a vez da princesa trazer para casa o dela. Entretanto e se o tempo deixar havemos de sair hoje e lá veremos o que lhes tocará em sorte, poque por estas bandas todas as crianças andam de saco na mão e qualquer pessoa oferece doces para as alegrar.

sábado, 30 de outubro de 2010

6


Foi há seis anos que disse o sim mais importante da minha vida.

Apenas desejo hoje que continue tudo assim, em definitivo.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Era uma estátua, por favor!

Não bastava o marido ter ordem para ficar mais 60 dias (sessenta – sixty – seis e zero) parado, sem pegar em nada. Não bastava eu ter ficado a saber que o parto está muito mais perto do que eu imaginava. No fundo já só faltam alguns dias... e o maridinho não vai poder pegar os petizes já crescidos! Não bastava estar há praticamente dois meses com um trabalho tremendo em casa: de pegar nos dois, dar banho aos dois, dar jantar aos dois e tudo e tudo, e ontem ainda me cortam o gás??? E porquê? Porque há uns meses fui 'obrigada' a passar para o gás natural e na transferência de contractos de uma empresa para outra não permanceu o débito directo em conta. Ou seja. Tinha que ir ao multibanco pagar as contas do mês, mas como nunca o fiz em seis anos, nem nunca me passou pela cabeça que agora teria que o fazer. Resultado: gás cortado por falta de pagamento. Lá fui à Loja do Cidadão, paguei e fiz uma reclamação por escrito. Seria suposto terem-me aviso que não tinha um serviço antes requisitado, certo? E pelo que me pareceu a minha reclamação foi atendida... Ontem à noite já tinha gás novamente e, pronto, mais um problema resolvido. Entretanto hoje de manhã, toca de levar o carro à oficina, que deixou de ter um médio à frente e acendeu a luz do óleo. Amanhã tenho que ir buscar credenciais ao centro de saúde para fazer as últimas análises antes do parto e à tarde, depois de uma reportagem, ainda tenho uma reunião na escola da princesa. Na sexta-feira é o meu último dia de trabalho e espero para a semana conseguir repor parte das energias. Não sei... Entretanto e com tanto stress lembrei-me que mereceia uma estátua: assim do tipo mulher polvo, quando os meus dois braços valem por oito...

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Segunda-feira

Hoje é segunda-feira
Dia de Alegria
a escola ensina-nos
que devemos trabalhar
brinquemos com alegria
trabalhemos a cantar
hoje é segunda-feira
Dia de Alegria


A Princesa-mais-que-tudo adora a escolinha dela. E agora, às segundas-feiras vai sempre a cantar esta lenga-lenga no caminho. Eu aproveitei e vim contagiada pela música até à redacção. A ver se tenho a mesma alegria que ela tem em voltar ao trabalho à segunda-feira...
Eu não sei se já vos disse, mas cada vez mais tenho a certeza que não era ninguém sem os meus filhos...

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

A diferença está nas pessoas

Estou cada vez mais rendida, e porque não dizê-lo, fascinada, com a escolinha da princesa mais-que-tudo. Ela já andou num colégio que para muitos era muito bom e, de facto, era sim senhora, mas este ano começou no Jardim de Infância da escolinha primária ao lado de casa. Por estar de baixa, é o pai que a vai buscar todos os dias a meio da tarde e por isso nunca sou eu que lhe tiro o bibe. Ontem quando cheguei à escola e fui vestir-lho, o bibe já não tinha dois botões. Um eu já sabia, mas dois era demais, de facto. Mas o que fazer? Vesti-lhe à mesma, que não pode estar sem ele e pensei “hoje à noite tenho que dar um jeito nisto”, porque defacto não tinha os dois primeiros botões, o que basicamente, fazia parecer que nem sequer estava abotoado. E claro com puxões daqui e dali, o mais certo era ficar sem nenhum botão mesmo no final do dia. Surpresa das supresas quando cheguei a casa: o bibe tinha botões novos! “Quem fez isto, amor?” perguntei e ela respondeu de imediato que foi a Nazaré, a auxiliar da sala dela. Fiquei boquiaberta. A escola é pública, a sala tem 25 crianças e a dita senhora anda sempre numa roda viva, porque precisa de dar assistência também à sala do lado. Hoje quando entreguei a minha filhota fui agradecer-lhe pessoalmente. Ao que ela respondeu: “Mas isso custou alguma coisa? Não me custou nada. E olhe ainda reforcei os outros para que não voltem a cair”. Fantástica. Tem sido uma lição para a vida: não interessa se a escola é pública ou privada. O que conta mesmo são as pessoas que lá trabalham. E, neste caso, não podia estar mais descansada.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Magnífico “Catavento” de Beto Betuk



Não conhecia o trabalho de Beto Betuk, mas assim que me chegou o press por e-mail, do seu novo CD, há semanas (se calhar meses, que o tempo por estes lados voa), fiquei de imediato com a sensação de que era um disco que merecia alguma atenção mais demorada. E não me enganei. “Catavento” acaba de aterrar na minha mesa de trabalhos e oiço-o de uma acentada só. É brilhante. É diferente. Tem misturas geniais. Ele próprio, o músico, tem um aspecto diferente. É português de Tomar, mas a sua fisionomia, emoldurada por cabelos compridos, faz-nos lembrar a de um índio, talvez. Mas a sua música viaja mais por África, mas também pelo Brasil, sem esquecer no entanto as nossas raízes. “Catavento”, pelo que sei, não se fez em pouco tempo, foi cozinhado em lume brando, e quando assim é o resultado tende a ser o mais saboroso possível. E isso, pode ser agora apreciado por todos. Das várias participações que aparecem escritas na própria capa do CD, os olhos prendem-se inevitavelmente nos nomes de Ivan Lins, de Dulce Pontes e Ana Laíns. Mas tem mais condimentos de inequivoca qualidade. Eu fiquei rendida.
Fica uma ajuda para quem não conhece o trabalho de Beto Betuk: http://www.youtube.com/watch?v=DwYpJ9JWYCE

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Hoje

Fui levar o príncipe ao colégio e ela à escola. Fui ao supermercado porque de repente vi que já não havia iogurtes para os restantes pequenos-almoços da semana. Cheguei a casa novamente e preparei um pequeno almoço para mim e para o maridinho: Chá Gorreana e pão acabado de comprar que ainda estava quentinho. Estava cheia de fome e mais grave que isso, precisava de alguma coisa para me manter acordada que nos últimos dias tenho fechado os olhos no caminho para Lisboa. Sai de novo a correr, mas aproveitei e fui ao lixo, que ontem à noite não tinha conseguido. Cheguei à redacção e estou a escrever a mil à hora, porque já perdi a conta ao número de caracteres que tenho que despachar, antes das 15h, altura em que vou para uma reportagem. Uma reportagem que tem prevista a presença de tão ilustres convidados que conto chegar a casa a feias e más horas. E é assim, a vida de uma jornalista, mãe de dois filhos a caminho (a passos tão largos que assustam) do terceiro, e com um marido que continua de baixa após uma operação à coluna. (E deixo para depois o relato da noite de hoje, com a princesa a gritar a noite toda, por pesadelos, ou não sei, que ela até se portou tão bem ao jantar que nada o fazia prever. Preciso de palitos para os olhos que eram 5 horas da manhã quando ela serenou e eu, tal como todos os dias, às 7 já estava a tomar banho.)
Gritar? Posso gritar?

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Expojúnior

Muito cara, pouco completa e com poucos motivos de interesse.
E foi isto. Levei os pequenos, este fim-de-semana ao Centro de Congressos de Lisboa, para a Expojúnior e, sinceramente, não gostei. Eles andavam lá satisfeiros, mas não deslumbrados. E eu saí de lá cansada, mas não extasiada. Sinal que ficou muito aquém das expectativas...

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Mais medo

Não bastava a subida do Iva e da Retenção na Fonte, o corte nos subsídios e a descida de ordenados, agora até os alimentos passam a ser taxados a 23 por cento?! Alimentos como iogurtes líquidos e leites achocolatados, por exemplo... Sinceramente, tenho cada vez mais medo do que aí vem. Não só pela minha carteira, mas também porque vão ser muitos os que vão deixar de comprar certas coisas e, possivelmente, algumas empresas nacionais vão por água a baixo... Não sei onde isto vai parar...
Medo, mais medo.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Ontem, apaixonei-me...

... pelo programa da RTP1 "Portugueses pelo Mundo" e por Singapura, a cidade alvo do programa de ontem. Não sei há quanto tempo dá, mas sei que hoje há mais um para ver, com outro destino, digo eu, e novamente capaz de nos arrancar de casa e ver o que levou gente de todas as idades, géneros de vida e feitios, a escolherem outros territórios, por vezes tão diferentes do nosso que até arrepia, para viver. Adoro viajar. Devoro livros de viagens. Nas papelarias o que mais compro são revistas do mundo... Até que enfim, a televisão portuguesa tem um programa de jeito à noite. É transmitido depois das 22h30. Não quero perder.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Reforço ao post anterior


Ela gostou tanto, mas tanto de ir ao Mc Donalds, que ontem, no longo caminho da escola para casa, que ela faz a pé com o pai e em que demora uns enormes cinco minutos, já a contar com muitas pausas para apanhar flores e fazer saltos e mostrar canções e coreografias novas que as amigas lhe ensinaram durante o dia, fez o pai telefonar-me para me contar logo, logo, que tinha feito um desenho dela no Mc Donalds, com canetas, na sala dela...

O mais engraçado é que eu não sei se ela sabe mesmo o que é o Mc Donalds. Como disse, no post anterior, ela nem quis provar o hamburguer, e no domingo ainda me disse que queria voltar ao Mc Donalds para comprar um filme que ainda não tinha... Filme?? Enfim... O que é facto é que o nome daquele restaurante tem tanto peso nas crianças que não interessa o que aquilo é, interessa é que se vai lá, como todos os amiguinhos! E, melhor de tudo, trazem um brinquedo para casa. É o marketing... é o que é.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

O fim-de-semana D (da desgraça para os dentes)

Não que haja fins-de-semana que não lhes sejam dedicados, mas este último foi de facto um fim-de-semana em cheio para os petizes lá de casa. Especialmente para a princesa-mais-que-tudo, que no auge dos seus quatro anitos aproveita tudo ao limite, completamente, até cair para o lado e adormecer. No sábado, tivémos a festa da Matilde, num parque de insufláveis, logo pela manhã. O que ela se divertiu. Estava feliz, feliz. Correu, pulou, escorregou, enfim adorou. Mas esse gaste de energias, reflectiu-se logo no lanchinho, antes do almoço, com dois copos de sumo (e logo ela que só bebia água até este Verão...), mousse de chocolate, pipocas, batatas fritas e duas fatias de bolo de anos. Duas fatias, sim senhora, só para ela, que nunca quer bolo... Quando saimos, a surpresa continuou e, porque encontrámos uns amigos, lá fomos até ao McDonalds. A estreia dela, por aquelas paragens e o meu regresso a um espaço onde já não ía há 9 anos... Sabia lá eu o que pedir. Para ela, claro lá veio o Happy Meal, mas sem nenhum pedido especial e, resultado óbvio, ela não gostou do hamburguer, tinha molhos e pepino, etc etc. Também não se atrapalhou: enviou as batatas no Sunday de Chocolate, eu fechei os olhos, e deliciou-se assim: com batatas fritas de sabor a... gelado!?? Como se não bastasse e depois de uma sesta no carro, no caminho para casa, ainda comeu um pacote de M&M no café da praia, enquanto nós, pais, apenas vislumbravamos a entrada do mar, enorme como raramente tinha visto, pela praia a dentro. Salvou-se o jantar que foi sopa e peixe. E o domingo também foi de dieta. Nem bolachas, nem iogurtes liquidos, nem uma guloseima. NADA. E ainda fizemos um bolo juntas, no domingo à tarde, mas que ela própria nem se quer quis provar, como aliás acontece sempre... ou quase sempre... (depois de sábado, nunca mais me ouvirão a dizer que a minha filha não gosta de sumos nem de bolos, nem nada disso. Vou manter-me caladita...).

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

“O Coliseu” de João Pedro Pais



Obrigada à Sónia Pereira da iPlay que me acaba de enviar o novo CD/DVD de João Pedro Pais “O Coliseu”, que eterniza o concerto que o músico deu no Coliseu dos Recreios , com lotação esgotada e com convidados de luxo como Jorge Palma e Zé Pedro. O disco foi colocado ontem à venda e engloba todos os grandes êxitos do cantor como “Não há”, “Ninguém é de Ninguém”, “Um volto já” ou “A Palma e a Mão”. Quem é fã de João Pedro Pais e não foi ao concerto, pode agora “levar” o concerto para casa e até ficar com bilhetes para a noite de dia 26 de Novembro. A Fnac tem à venda um pack de CD+DVD+Bilhete, numa edição exclusiva de 18,99 euros.

O gosto pelo Gourmet



É uma palavra que está na moda, é sim senhor. Mas eu adoro, mesmo, lojas gourmet. Gosto de oferecer presentes gourmet e de ter em casa uma coisita ou outra gourmet que calhe no goto a por quem lá passa. Conhecido pela história vitivinícola, o Grupo J. Portugal Ramos acaba de lançar o novo azeite e vinagre gourmet Oliveira Ramos Premium. Ainda não os provei, mas ontem quando os desempacotei, fiquei logo rendida à imagem. Porque, de facto, os olhos também comem... E as garrafas são feitas daquele vidro fosco, de toque especial. Tudo conta!

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Prémio Nobel da Literatura


Acaba de ser anunciado: o escritor peruano Mario Vargas Llosa é o Prémio Nobel da Literatura 2010. Para quem não conhece a obra é bom ficar a saber que cabe às Publicações Dom Quixote a edição dos livros do autor em Portugal. Agora é dar corda aos sapatos e meterem-se nas filas das livrarias...

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Cada vez mais rendida à 'terrinha'



Foi sem dúvida uma das melhores decisões que tomei: colocar os miúdos nas escolinhas mesmo ao lado de casa (dizer que estão a um passo é exagero, mas a uns 50 ou 80, estão entregues, sim senhor) é de facto um luxo. Em todos os sentidos. É rápida a viagem e os amigos moram mesmo ao lado, nalguns casos literalmente. Ontem, a princesa mais-que-tudo, foi à primeira festinha de anos de uma amiga na escola. A festas de anos já tinha ido a muitas, mas sempre de filhos de amigos nossos, não de uma menina, cujos pais nem eu conhecia, até ontem! Ela estranhou quando chegou, sobretudo porque sabia que vinhamos embora, mas depressa passou e difícil foi arrancá-la de lá no fim. Surpresa das surpresas, foi quando fomos buscá-la e encontrámos lá a própria educadora. Sei que não tem filhos e desde o primeiro minuto que a conheci que vi que era uma pessoa dedicada à profissão, mas ir a uma festinha de uma menina da sala, com outras tantas que lá estão, quando passa uma semana inteira de volta delas não é, para mim, ter disponibilidade. É ser nobre. Foi tão agradável estarmos ali, os pais todos a conversar uns com os outros e sobretudo com a educadora, fora daquele contexto de escola, que me deixou completamente rendida. Sabe muito bem conhecer quem passa os dias com os nossos filhos, que estilo de vida têm os pais dos meninos que, por força das circuntâncias ensinam e transmitem valores e maneiras de estar aos nossos, onde moram, que estrutura familiar têm. Bendita hora em que tomei a decisão de viver num mundo tão pequeno como aquele onde vivo. Onde pais, coleguinhas de escola e professores se encontram a tomar o pequeno-almoço, como também já nos aconteceu...

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Medo

Digamos que as medidas de austeridade acabadas de anunciar dão-me medo. Mesmo. Muito medo.

Vedetismos

Se há coisa que não suporto é vedetismos e faltas de respeito pelo trabalho e pela vida dos outros. Ontem, um trabalho que devia começar às 16h, já passava das 18h quando começou a vislumbrar-se, para começar, efectivamente, às 18h30, ou seja, duas horas e meia depois. Era uma entrevista colectiva à actriz brasileira Susana Vieira e, com a constante justificação de atrasos nas gravações, completamente imprevistos, pois claro, os jornalistas foram desesperando com as horas a passar. Pois se todos se viessem embora, acabavam-se estes vedetismos... digo eu.
É que para além de outros trabalhos para fazer, uma pessoa também tem filhos nas escolas e as escolas fecham, certo?
Mas a culpa não é da senhora, é nossa que ficamos à espera e aguentamos o barco.
É apenas um desabafo...
(passadas estas horas, ainda não me passou o stress. Isto de saber que temos um bebé numa escola, que inclusivamente já terminou o seu horário de creche, é tudo menos agradável)

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Tão crescida

A opinião é unânime: a princesa lá de casa está muito mais crescida desde que entrou para o Jardim de Infância da Escola Primária. É a atitude, a maneira de falar, as cantorias (muito menos inocentes!), enfim, basicamente tudo. Para o bem e para o mal. No fim-de-semana quando fomos ao parque disse logo que não queria que eu a empurrasse nos baloiços, que ela própria dava balanço. Que bom. E pensar eu que há meses, se calhar anos, que lhe tentava ensinar aquilo. Bastou três semanas na escola, para isto. Já a semana passada chegou a casa e respondeu-me a tudo o que lhe perguntava com um “podes crer”: menos bom... mas, sem problemas, já que entretanto parece que já se esqueceu. E ontem, quando fui buscá-la à escolinha, tinha na prateleira dela um convite para uma festa de anos. Estava radiante, claro. E eu prometi que a levava a casa da amiga, por mais que me me vá custar deixá-la pela primeira vez numa casa de pessoas que não conheço, mas não há-de ser nada....

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Luxo é...


Chegar a casa do trabalho e não só ter o jantar alinhavado, roupa apanhada do estendal e tudo orientado, como ter à minha espera um ramo de flores que a minha própria filha colheu quando vinha da escola a pé com o pai. Tão bom...

Obrigada dona Coluna

Tirando as dores que lhe deu e o trabalho que me está a dar a mim, que isto de gerir sozinha uma casa com duas crianças pequenotas e uma barriga de sete meses bem aviados, está a ser tudo menos fácil, a verdade é que a operação à coluna dele trouxe também muitas coisas boas. Pois que saiu lá de casa o marido surfista e trabalhador de fato e gravata, que saia cedo e entrada tarde, e ganhei o marido dono de casa, que por não se poder sentar e por já estar farto de estar deitado lá vai fazendo umas preciosidades enquanto deambula por ali a pé. Tudo sem pesos obviamente, que não pode fazer força alguma, não pensem que o ando a escravizar. No outro dia meteu mãos à papelada e quando cheguei a casa tinha o nosso escritório num brinco: facturas de há anos no lixo e o que realmente interessa arquivado no sítio certo. Também já fez a sopa para os miúdos e ontem quando cheguei não só tinha o jantar quase pronto como ainda por cima tinha lavado o frigorífico todo e se ele precisava!!! Pois que se eu soubesse disto, já o tinha mandado há mais tempo ao Neurocirurgião que o operou. E de facto, brincadeiras à parte, não há nada melhor para ter uma casa em ordem que haver gente dentro dela em tempo útil, de manhã à noite, e não apenas para jantar e dormir, como é tão habitual! Isso e ter um marido jeitoso, claro, como eu tenho!!!

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Verão

Chega hoje ao fim o Verão. Durante a próxima madrugada passamos para o Outono, uma estação que tem os seus encantos, claro, mas como diz o outro, não é a mesma coisa. Não sou daquelas pessoas que tem alergia ao tempo de Inverno, ou não sou das piores. Tento sempre encontrar o lado bom das coisas e gosto de estar em casa, sobretudo de combinar coisas em casa, na minha ou dos amigos. Ter companhia é que é essencial! Mas confesso, a falta de luz, da luz natural, do sol, deprime-me. E isso, já se começa a notar, com os dias a encurtar a olhos vistos...

Ontem

Saí de casa e fui levar os miúdos à escola;
Voei até à primeira reportagem do dia;
Passei no supermercado porque os iorgurtes da pequena já começam a ameaçar desaparecer sem dar conta;
Voltei a casa para levar o meu príncipe encantado (adulto!) ao centro de saúde para mudar o penso. E só isso foi uma aventura à parte, que isto de transportar alguém acabado de ser operado à coluna tem muito que se lhe diga, sobretudo pelos inúmeros buracos que as nossas estradas têm;
Voltámos a casa e engoli o almoço;
Sai para a segunda reportagem;
Fui buscar os miúdos à escola;
Dei-lhes banho e fiz o jantar;
Deitei-os nas suas caminhas;
Arrumei a cozinha e pilotei o ferro de engomar durante uma horita. Digamos que três máquinas de roupa feitas sem passar sequer uma camisolita deles, já começava a ver-se à distância.
Digamos que, às onze ou meia-noite, acho que já nem me lembro de ter olhado para o relógio, estava assim... KO. Sobretudo pelas inúmeras birras dela, só porque sim.
A manhã de hoje compensou todo o esforço. Os dois acordaram bem dispostos e ficaram sem dramas na escola... só isso é meio caminho andado.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

A Dona Maria Luisa

Como aqui já disse vezes sem conta, uma das melhores coisas da minha profissão (sou jornalista, para quem ainda não sabe), senão mesmo a mais gratificante, são as pessoas que se conhecem que de outra forma não tinham como entrar na nossa vida, ainda que por breves instantes. Na semana passada, por causa de uma reportagem que fiz acerca de condutores séniores, conheci uma senhora de 79 anos, de porte elegante e uma energia que põe qualquer um de nós, que nos dizemos no activo, a um canto. A Dona Maria Luisa tirou a carta aos 50 anos e só por isso já merece uma vénia. Disse-me que antes nunca tinha sentido necessidade de ter a carta e só quando percebeu que os pais estavam a ficar de facto muito idosos é que viu que tinha que arranjar maneira de poder chegar a eles mais facilmente. Hoje, com 79 anos, conduz todos os dias, nem que seja para ir ao pão. Ali estava ela a participar num seminário sobre segurança rodoviária e truques para conduzir durante mais tempo e bem. Apontava tudo num caderno, como forma de manter a concentração e treinar a memória, disse-me, e não ficava por ali. Quando chegasse a casa ia passar tudo a computador para mandar por e-mail para o irmão que, por morar longe, não podia estar ali. É de se tirar o chapéu, sim senhora. E pensar que há aqueles de 40 anos que nem um ficheiro sabem anexar a um e-mail... Há tempos, esta mesma senhora, fundou uma associação de combate à solidão na terceira idade. Ela, melhor que ninguém, é capaz de encantar e tornar uma tarde melhor, só com as suas histórias. A prova de que há pessoas maravilhosamente válidas e que a idade é mesmo um pormenor que pouco ou nada interessa.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

A ver se não perco



É para mim um dos melhores discos de 2010, cantados em português, e foi sem sombra de dúvida a banda sonora do meu Verão. Tim lançou na primavera deste ano o CD “Companheiros de Aventura”, um disco cheio de boas canções e onde participam nomes tão imponentes da cena musical nacional como Rui Veloso, Vitorino, Celeste Rodrigues, entre outros. Constituído por duetos, muitíssimo bem conseguidos, o disco mostra como o lado a solo do vocalista dos Xutos e Pontapés tem cada vez mais força. Ainda há dias, fechou a Festa do Avante, num concerto em que compareceram precisamente os convidados do disco. A ser assim, não há dúvida que a futura passagem pelos Coliseus será um verdadeiro sucesso. No início do ano passado tive oportunidade de assistir ao concerto dele, sozinho, no CCB, e posso garantir que foi excelente. Assim sendo e porque este “Companheiros de Aventura” está realmente muito bom, não vou querer falhar a passagem pela mítica sala de Lisboa, nas Portas de Santo Antão. Apesar de ter recebido o CD poucos dias antes do seu lançamento oficial, em Março deste ano, ainda não tinha conseguido falar aqui deste projecto, ou não tivesse sido a minha Primavera tão atribulada como foi... Em Agosto ouvi vezes sem conta que “Tim protagonizou um dos melhores Concertos Mais Pequenos do Mundo da Rádio Comercial” e não eu dúvido disso. Venham os Coliseus...


(tou para aqui a dizer que não posso perder, mas em Dezembro, a criatura que tenho dentro de mim, verdadeiramente, já por cá anda e ainda é demasiado minúscula para a deixar... a ver vamos)

Depois da Tempestade

Haverá melhor altura do dia, do que a hora de ir buscar os miúdos à escola? Ontem, depois de deixar os dois a chorar, cada um para seu lado, de manhã na escola, fui buscá-los de coração apertado e fui recebida com dois maravilhosos sorrisos. Ele fez uma festa e gatinhou a alta velocidade para mim, não me contou como foi o dia, mas percebi perfeitamente que esteve sempre bem. Ela estava tão feliz, mas tão feliz com a escola nova que até assustou. Falou, falou, falou. Contou o que comeu, o que fez, o nome das amigas novas, uma delícia. Adora a escola nova e até agora eu também. Espero que assim continue...
Hoje já foi menos dificil a manhã. Ele não chorou como ontem, se bem que ainda não está bem convencido que agora tenha que ficar sem mim todas as manhãs. Ela já não chorou. Pediu mais um beijo, mais outro beijo e outro, mas lá ficou sem grandes dramas.
Nada como um dia depois do outro...

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Ser mãe é...

ir a chorar para o trabalho, depois de os deixar a chorar na escola.
Dá uma sensação de abandono... desamparo...
Há dias assim, em que só me apetece fugir.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Do 80 para o 8

Nas últimas três semanas estive a trabalhar em casa com os miúdos. Era um verdadeiro caos, sim senhor: ora estava a escrever e eles a “destruirem” tudo à volta, ora estava de volta deles, mas agarrada ao telemóvel para adiantar trabalho, enfim, um 2 em 1 dificil de conjugar. Mas a verdade é que foram 24 horas sobre 24 horas. Sem perder pitada da vida deles. Esta semana começaram a escolinha e eu voltei para a redacção. Birras matinais à parte, que isso todos já estamos à espera, a verdade é que passei de um extremo ao outro. Nesta fase de adaptação aos novos horários, quase que não estou com eles, enquanto eles estão acordados. De manhã, levanto-os no limite, e é sempre tudo a correr: pequeno-almoço, xixis, fraldas, mudas de roupa, etc etc. À tarde, quando os vou buscar, o sono é tanto que mal chego a casa espeto com eles no banho, ao mesmo tempo que ponho o fogão a trabalhar (aquecer sopa e comidas dos mais básico que há). Saem do banho, engolem o jantar e muitas vezes penso que nem acabam de mastigar bem a última colherada. Quando olho para eles já dormem. Fico ali a olhar para eles, com a sensação que estou a perder tanto deles. Adoro ser mãe. Mas mãe à séria. Preparar o lanche, dar banho e brincar, ler histórias, levar ao parque, cozinhar com ela, gatinhar com ele. Hoje, as coisas melhoraram. Ele acordou às 7 horas. Fiquei tão feliz. Dei-lhe o pequeno-almoço e a seguir deixei-o no chão, à vontade. Ele feliz da vida. A brincar com os brinquedos do quarto dele. A gatinhar e a esconder-se. Fez tanto barulho que a mana acordou. E antes de eles irem para a escolinha deles, tive tempo para usufruir deles. Brincaram um com o outro e comigo. Viram desenhos animados sem pressas absurdas. Comeram com toda a calma. Gosto de ser mãe assim, em pleno. De viver com e para eles. E eles são do melhor que pode haver...

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Gravador meu...


Há 6 (s-e-i-s) meses que o meu gravador digital andava desaparecido. Um desespero. É tudo tão mais fácil. Os sons ficam registados por números, é fácil encontrar as entrevistas, sem andar para a frente e para trás. E porque há trabalhos que não dá só para escrever, têm que ser gravados, voltei ao gravador de mini k7. E eu acho que foi isso. O digital viu que eu já me estava a afeiçoar novamente ao gravador antigo e às k7 e tal e pensou... bom deixa-me lá aparecer novamente senão nunca mais me perdoa... Perdoei. E já começou a trabalhar hoje, para castigo!!! Aleluia!

terça-feira, 7 de setembro de 2010

O fim dos orgasmos fingidos



Atenção a quem julga que tem os homens controlados na cama. A partir de amanhã, nada vai voltar a ser o mesmo, depois da estreia de “Sexo? Sim, mas com orgasmo”, a peça que Guida Maria leva ao palco do Auditório do Casino Estoril. Depois dos “Monólogos da Vagina”, um enorme êxito que actriz teve em cena durante muito tempo e por vários palcos do país, a actriz está de volta aos palcos, mais uma vez no formato monólogo e mais uma vez, sem papas na língua e para falar do que toda a gente tem preconceito em falar: Sexo. Por mais modernos que sejamos hoje em dia, a verdade é que continua a haver falta de diálogo, sobretudo entre pais e filhos, no que toda a assuntos de sexo. E é por isso que continuam a acontecer tantas gravidezes indesejadas e tantos abortos realizados. Nesta peça, Guida Maria faz uma viagem cronológica desde os tempos de Adão e Eva até aos dias de hoje. Não é uma comédia pura, embora tenha passagens que desencadeiam um chorrilho de gargalhadas. A partir de um texto de Dario Fo, a peça oscila entre o cómico e o trágico e deixa-nos um amargo na boca, no final, com o relato de uma violação. A ideia é deixar o público a pensar, não fazer graças gratuitas. A ideia é mostrar que o o sexo é bom, quando desejado por dois seres e que pode ser um terror quando isso não acontece. Pelo meio há uma aula para descobrir como atingir o orgasmo, porque ainda há mulheres, em pleno século XXI que nunca o sentiram. E homens: se querem saber como detectar um orgasmo falso, é ir ver a peça, porque Guida Maria revela a que sinais devemos olhar para perceber se os gemidos são falsos e verdadeiro. Eu deixo uma dica: os olhos e os dedos dos pés são os verdadeiros traidores das mulheres...
A peça está em cena a partir de amanhã, no Casino estoril, de quarta-feira a sábado, pelas 22 horas, e domingos, pelas 17 horas.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Ruca e Companhia


Atenção aos pais dos petizes à volta dos 3, 4 e 5 anos e demais idades que gostem de ver ao vivo as personagens dos Desenhos Animados. Depois do Festival do Panda que fez as delícias da pequenada no início do Verão, o final do tempo de férias também é celebrado em família, mas desta vez em Sintra, com o Fulia Kids Tour 2010. Trata-se de um espectáculo que junta as personagens do Ruca, dos Irmãos Koala e do Carteiro Paulo. O tema é “A alimentação e a vida saudável”e por vezes, como sabemos mais vale um concelho dito a brincar do que uma proibição em casa… Os bilhetes são todos ao mesmo preço: 10 euros e o espectáculo acontece no domingo, dia 12 de Setembro, pelas 18h30. Fica a dica…

Sina (ou então alergia!!)

Então não é que o miúdo começou ontem a escolinha e hoje já está doente. Com uma tosse de cão que me acordou a meio da noite a pensar que havia algum bichano na minha varanda?

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Até o Marley vai à Escola


Para ajudar a pequenada nesta fase difícil de transição das férias grandes para o regresso às aulas, a Casa das Letras acaba de lançar uma nova aventura do Cão mais conhecido dos miúdos do momento. “Marley vai para a Escola” é a nova aventura de John Grogan, o autor do besteller “Marley & Eu”, que atingiu a marca dos quatro milhões de exemplares vendidos e que catapultou o traquinas cão para as telas do cinema. Neste novo livro, com ilustrações de Richard Cowdrey, Marley continua a fazer das suas, mas sempre com boas intenções. Habituado que estava a estar sempre com os donos durante o Verão, altura de brincadeiras por excelência, ele não vai gostar quando a pequena Carlota tem que regressar às aulas…

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Os dias da independência

Ele gatinha por todo o lado. Passa por onde bem entende e nem liga às mantas de actividades nem à minha chamada de "vem para aqui". O que lhe interessa é andar por todo o lado, por cima de qualquer coisa. E assim que encontra um apoio que lhe pareça sustentável, como um sofá ou cadeira, lá está ele de pé a tentar a sorte.
Ela quer lavar os dentes sózinha, o cabelo sózinha, o pipi sózinha, tomar banho sózinha, pentear-se sózinha.
Ele gosta de comer a fruta à mão, pegar na banana, na pera, nas uvas
Ela escolhe a roupa e decide o que levar para a praia...

Impressão minha, ou no Verão eles crescem muito mais?
Deve ser da energia solar...

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Criopreservação das Células Estaminais


Há quatro anos atrás, quando ela nasceu, decidi não fazer a recolha das Células Estaminais. Embora estivesse na ordem do dia, os meus médicos nunca me perguntaram se queria ou não fazer e eu achei que se calhar ainda não era uma coisa suficientemente estudada e comprovada para investir tanto dinheiro. No ano passado nasceu ele, e pensei: se não fiz para ela, não faço para ele. Ponto. Não me foquei mais nesse assunto. Não pensei mais. Agora que o nascimento do meu terceiro filho está a aproximar-se pesquisei, interessei-me mais pelo tema e já avancei. Desta vez vou fazer a Criopreservação das Células Estaminais. Houve várias razões para tomar a decisão: a primeira é que não acredito em acasos e a verdade é que sendo esta uma gravidez tão inesperada acredito que ela aconteceu por algum motivo e por isso, vou aproveitar esta nova oportunidade da melhor maneira que souber. Depois, porque estive a informar-me e a probabilidade destas células servirem também para salvar a vida, não só da bebé que aí vem, como a dos dois irmãos que já tem é muito alta, acho que era impossível dizer não. É um seguro de vida para os meus mais-que-tudo. Quando mais o tempo passa mais amo os meus filhos. Parece mentira, mas aquele amor imenso, inquantificável, que se sente mal eles saem da nossa barriga, consegue crescer ainda mais. Só a ideia de que lhes possa acontecer alguma coisa põe-me doida, e assim sendo, faço tudo por eles. Na semana passada tive a oportunidade de, como jornalista, assistir a uma sessão de esclarecimento sobre este método de preservar as células mãe do organismo. Aquelas que estão na base de tudo, da formação completa do ser, enquanto está na nossa barriga. Infelizmente não é algo que seja obrigatório fazer. Acabo por não perceber porque é que se desperdiça tanto. Se nos hospitais, cada vez que nascesse uma criança recolhessem logo aquele sangue e o tratassem para o futuro, havia muito mais facilidade em encontrar soluções para problemas de saúde que são autênticos pesadelos. Quero acreditar que o futuro passa por aí. Para eu já, sinto que tenho meia mala para a maternidade já pronta. O Kit para a extracção das células já cá está em casa.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Viver na província é isto

Hoje o dia teve mesmo 24 horas. De manhã fui à Câmara para tratar de uns assuntos pendentes da escola da mais crescida e por causa disso ainda tive que ir à segurança social. Cheguei a casa e ainda deu para dar um mergulho na piscina com os miúdos antes de me pôr ao comando do fogão, tal era o calor que estava. E eles mereciam, por se terem portado tão bem enquanto a mãe andava à volta com as burocracias. Enquanto dei a sopa ao mais pequeno liguei o computador e comecei a fazer o almoço para mim e para a mais crescida. Pelo meio fui trocando e-mails e telefonemas do trabalho. Comemos as duas e arrumei a cozinha, que se há coisa que detesto é uma cozinha do avesso. Arrumei umas roupas e às 16h30 já estava na rua, para deixar os petizes com os sempre tão predispostos avós e rumei à reportagem marcada. Saí de lá a tempo de jantar com eles, com o marido, pois claro, e com os pais. Agora estou aqui no computador ainda a escrever, depois de ter posto os miúdos a dormir não mais do que há meia hora… Caso para dizer que se morasse na caótica cidade, provavelmente teria ficado o dia inteiro na Segurança Social… não sei, digo eu.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Mais um espectáculo UAU Low Cost


Como vem sendo hábito, a UAU prepara-se para abrir ao público um ensaio geral da peça que estreia dia 8 de Setembro no Casino Estoril: “Sexo? Sim, mas com Orgasmo”. Trata-se de mais uma comédia protagonizada por Guida Maria e segue a linha ‘perturbadora’ dos tão badalados “Monólogos da Vagina”, onde se fala de tudo e mais um pouco sem qualquer tabu. O ensaio acontece na véspera da estreia, dia 7 de Setembro e quem ainda não foi a nenhum pode acreditar que funcionam como uma sessão normal. Não há enganos, nem retrocessos, de volta a trás e repete. Não. É a peça, pura e dura, com a vantagem de ter um preço simbólico e de se ver, até, mais cedo que o resto das pessoas. Desta vez e tendo sempre a intenção de ajudar uma instituição de solidariedade social, as receitas deste espectáculo revertem a favor da Fundação do Gil. O espectáculo acontece dia 7 de Setembro, pelas 22 horas, no Casino Estoril, e os bilhetes têm o preço único de 5 euros. Já estão à venda. Agora é tentar a sorte e ver se já não esgotaram…

domingo, 22 de agosto de 2010

Férias


Sabem tão bem, mas deixam-nos completamente de rastos.
Passam tão depressa que quando voltamos ao trabalho parece que saímos em fim-de-semana, no máximo, prolongado.
Planeiam-se, sonham-se e quando se vai a ver já foram e nem a sensação de energias recarregadas fica.
Deitamo-nos tarde, acordamos cedo, vamos carregados de tralha para a praia e saímos de lá ainda mais atulhados, tal a desordem na hora do regresso.
Comemos gelados, Bolas de Berlim, petiscos e mariscos e, felizmente, ninguém engorda, tal não é o andamento de trás para a frente, frente para trás, de olho nos miúdos.
Queixamo-nos ao fazer as malas, ao desfazer, mas não há altura melhor que esta em que nos é permitido voltar a ser crianças, deixar de saber o que se passa no mundo, para além de se a água do mar está fria e se a fila para o restaurante da moda chega à esquina.
E quando as férias passam, dói tanto que até dá vontade de chorar.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Vicio


Não posso passar por uma feirinha do livro que é isto. É livros para ela, para ele e para mim. Esqueço-me das poupanças, de engordar o porquinho e não saio de lá sem um livro. Permito-me... não bebo, não fumo... Ler é um vicio bom!

Ontem, numa noite verdadeiramente revivalista (fomos jantar ao Tony's Pizza, na Costa da Caparica onde já não ia desde criança e onde ir jantar representava no meu tempo de menina um consolo muito maior do que os petizes de hoje sentem ao entrar no Mc Donald's com toda a certeza. Era um luxo. Era uma loucura dos pais no Verão! Sem sopa, nem legumes, só hamburgueres, batatas fritas ou pizza...) entramos na Feira do Livro e encontrei o último título da maravilhosa colecção infantil "Uma história para tocar" da D. Quixote - "Hansel e Gretel", para ela, um livro fofinho que traz um fantoche "O Porquinho Manecas", para ele, e "A Casa-Comboio" da Raquel Ochoa (Prémio Literário Revelação Agustina Bessa-Luís 2009) que por sinal é amiga de uma amiga minha com quem tive uma tarde muito agradável, há alguns anos já numa esplanada de praia.

Se há iniciativa que apoio vivamente é a existência destas feiras do livro por tudo o que é destino de férias. Espero mesmo que contribua para uma maior literacia nacional como parece, porque sempre que vou a uma está cheia.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Sabem-me dizer...

se, por acaso, já foi aprovado aquele decreto lei que prevê o direito a férias após férias? Não? Nem está previsto? Está mal, está muito mal...
É que agora que as minhas estão a acabar, posso vos dizer: estou mesmo a precisar de umas fériazinhas...

sexta-feira, 30 de julho de 2010

António Feio

Acabo de acordar e a primeira notícia que oiço é a da morte de António Feio. No fundo acreditava mesmo que ele ia conseguir dar a volta à doença. Uma pessoa tão boa como ele, tão positiva como ele, tão à frente como ele, merecia derrotar o cancro. Hoje Portugal perdeu um dos melhores e mais brilhantes actores e encenadores de teatro. Hoje estou triste porque sei que nunca mais o vou ver em palco e rir a bom rir com ele. Não é justo. Estou tão triste.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Férias




Estão tão perto que começo a ficar com ataques de ansiedade...

As últimas 12 horas

Há dias em que me sinto a marcar passo ou pior que isso em contra corrente, a esbarrar em tudo o que são burocracias de pôr os cabelos em pé. São respostas que não aparecem, problemas e afazeres que surgem sem estarmos minimamente à espera. Mas hoje, sinto-me acompanhada de um quadro negro gigante em que a paus de giz vou riscando uma lista que me andava a consumir os neurónios. Ontem à tarde fiz a ecografia morfológica, e mais importante de saber quem ganha lá em casa a guerra dos sexos, foi confirmar que estava tudo bem com o bebé. No minuto a seguir, ainda sem ter saído do consultório, recebi também o telefonema com o sim há tanto esperado: o príncipe ficou no colégio que escolhi ao lado de casa. Um alívio. Hoje de manhã, às 10 horas da manhã, já tinha feito as análises também ao príncipe, ainda em resultado deste difícil Inverno e anulei também a matricula dos dois no colégio onde a mais crescida está desde os quatro meses. Sou emotiva e detesto despedidas e custou-me dizer que eles vão sair dos colos que tão bem os conhecem. Mas a minha vida precisa mesmo de mudar e essa mudança começa já a sentir-se.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Nem de propósito: SEDA "40 graus à sombra"

Gosto do Projecto SEDA. E com este calor apetece partir para o Mediterrâneo... ou para qualquer lado junto ao mar.

Adenda ao post anterior

A noite de ontem estava tão quente que, pela primeira vez em seis anos de vida efectiva na Ericeira, dormi a noite inteira com a janela aberta do meu quarto. Fica para a história. Que nunca mais me venham dizer que na Ericeira faz sempre frio!!!

Luxo

Quando saí de Lisboa, lá para as seis da tarde, o meu carro marcava 42,5º. Queimei as costas quando entrei. Fui buscar os miúdos à escola, que as férias maravilha com os avós já acabaram e quase sem parar em casa, o tempo suficiente para mudar de roupa, seguimos para a praia. Estivemos na praia até quase às nove da noite e jantámos por lá, no Bar de Ribeira d'Ilhas. Durante o ano inteiro é raro o fim-de-semana que não almoce por lá num dos dias. É preciso estar mesmo mau tempo, para pelo menos não lanchar por lá. Mas jantar? Acho que foi a primeira vez, sobretudo assim, com roupa da praia, sem precisar de um casaco pelo menos. Mas melhor do isso, foi estar até agora, depois de adormecer os miúdos, com direito a duas histórias e muitos beijos, na cama de rede, na varanda do meu quarto. Um luxo. Um silêncio imenso, quebrado de vez em quando por um carro ao longe. Ao fundo o mar, que se adivinha pela escuridão, porque o céu está iluminado por uma lua cheia gigante e ao lado uma "Ursa Maior" que nos faz conversar sem tirar os olhos lá de cima. E pensar que hoje foi segunda-feira e dia de trabalho...

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Dia dos Avós

Não é por ser dia internacional dos avós que eu me lembro mais ou menos dos meus quatro avós. Lembro-me dos quatro todos os dias. Foram tão presentes na minha vida que eu sei perfeitamente que só sou hoje quem sou porque os tive. Ainda tenho a sorte de ter a minha avó, a mais presente e fulcral na minha educação, comigo e é sempre bom estar com ela e ouvir as histórias dela, por mais que eu já não me sente ao seu colo. Mas ouvi hoje que era Dia dos Avós e lembrei-me automaticamente da sorte que os meus filhos têm nos avós. Ainda agora passaram três semanas seguidas de férias juntos e por eles e pelos avós continuariam hoje, amanhã, depois, sempre. É comovente ver o amor que os meus filhos têm pelos meus pais e os meus pais pelos meus filhos. Se não há nada que chegue a uma mãe, também ninguém substitui uma avó, um avô. Eles deitam-se no chão a brincar com eles, eles vão à praia e fazem castelos e andam na água até ficarem com os ossos gelados de tão fria que está. Eles deitam-se à tarde para os miúdos descansarem, acordam de noite para ver se estão tapados e acham graça às mais caricatas traquinices. Dou por mim a ralhar com os meus filhos e com os meus pais a olharem para mim e a desvalorizarem o que eles fizeram. Têm tanta experiência, já viveram tanto, sabem tanto e há tanto tempo que estão habituados a dar tudo. Não é por ser dia internacional dos avós, é por eles serem os avós espectaculares que são: Obrigada Mãe, Obrigada Pai.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-A


Esta sopa de peixe, no jantar de ontem, na Ericeira.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

A mensagem

Depois de uma tarde em que os meus olhos ameaçaram explodir em lágrimas a qualquer momento, e a garganta desatar a gritar sem que eu a conseguisse controlar (o que eu odeio injustiças) eis que recebi uma mensagem de elogio ao meu trabalho, em forma de sms, que me devolveu à minha essência e me fez acreditar que sim, fiz a escolha certa ao querer ser jornalista. Muito obrigada pelas palavras repetidas também, no telefonema a seguir. A proveitei e fiz uma promessa a mim mesma, e não tivesse eu o feitio teimoso que tenho, não me chamasse eu como chamo, a ver se não a cumpro... Mais tarde voltaremos a este assunto.

“Sem Pé” de Marta Burnay



Há exposições em que entramos e saimos e ficamos na mesma, não gostámos muito ou nem tão pouco percebemos o objectivo do autor. E depois há outras, como a da Marta Burnay em que nos apatece trazer tudo para casa. Intitulada “Sem Pé”, a mostra de esculturas pode ser visitada até ao final deste mês, na Galeria 9arte, mesmo ao lado do Museu das Comunicações, em Lisboa, e tem na água e no mar a sua principal inspiração. A Marta pegou nas ideias e transformou-as em esculturas muito, muito giras que partem sobretudo da resina, mas que integram objectos tão nossos conhecidos da vida quotidiana, como um pente, um saca-rolhas, colheres, passadores, tesouras, enfim, tudo e mais alguma coisa que possamos imaginar. Há trabalhos que são quadros, irreverentes, divertidos, e há uma peça, a peça central da exposição, que junta uma quantidade enorme de peixes, todos coloridos, todos diferentes, que estão presos a pedras enormes da praia e que nos faz mergulhar fundo no Verão. A Marta Burnay foi minha colega de escola e eu estou mesmo orgulhosa do trabalho dela. Vão ver que vale a pena.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Em Cascais ou em Lisboa, o que interessa é comer um Santini!



Numa altura em que tanto se fala da abertura da nova loja dos gelados Santini, na Rua do Carmo, em Lisboa (abriu no fim-de-semana com uma enchente de fãs, pois está claro!), ontem decidi dar corda aos sapatos e fazer uma passeata a Cascais. Único objectivo: comer um Santini. São tão bons, tão bons estes gelados! Depois de um jantar que, não me tendo desiludido por aí além, não me encantou, no Casta Fiori, na Parede, lá fomos terminar a noite com um belo gelado de manga, limão e avelã. Eu gosto dos sabores de fruta feitos no Santini porque sabem efectivamente a fruta e não a corantes. Mas a estrela da noite foi mesmo o avelã, estreia inédita nos nossos copos. A noite estava de chuva, mas amena, assim ao estilo de clima tropical, mas dadas as devidas diferenças, obviamente, e comemos lá dentro. Ainda não tinha ido à loja de Cascais desde as obras. Está mais ampla, arejada, convidativa a ficar por lá. O branco predomina, fazendo saltar à vista ainda mais as riscas vermelhas, imagem da loja. Dizem os entendidos que na geladaria Santini se fabricam os melhores gelados de Lisboa, eu concordo, mas porque não gosto de enganar ninguém deixo a promessa de lá voltar em breve só para experimentar novos sabores... tudo em nome de quem me lê, nunca pela gula, que é pecado!

É por isto que gosto de ser jornalista

Em Fevereiro deste ano conheci a história de um pintor, artista plástico, com um curriculum invejável, com passagem por Londres e Paris, que em Portugal, por não haver mercado, foi obrigado a ter um outro trabalho, para suportar a paixão pela arte. É uma história de vida que me orgulho de contar (infelizmente só foi publicada hoje, 5 meses depois), mas que me faz pensar em quantos caixas de supermercados, por exemplo, que não haverá por aí, muito mais inteligentes do que a maioria dos consumidores que por eles passam para fazer o pagamento, e têm que ouvir bocas absolutamente disparatadas. Tudo pela lei da sobrevivência. E tudo, porque há quem teime em julgar os outros pela aparência. Felizmente há quem não se assuste com isso... Este texto que vos apresento foi publicado na edição desta semana do Jornal da Região da Amadora e de Oeiras. Quem quiser pode consultá-lo online em http://www.jornaldaregiao.pt/.

O outro lado de quem ama a arte
Para evitar a emigração, o pintor Telmo Vaz Pereira é há algum tempo recepcionista num edifício empresarial
Não, não é engano! Sim, é verdade... já viu esta cara em algum sítio. Telmo Vaz Pereira é controlador das entradas e saídas dos edifícios Arquiparque, parque empresarial em Miraflores, emprego que encontrou há alguns meses para fazer face às despesas, sem nunca deixar o seu verdadeiro trabalho: artista plástico. Natural de Luanda, Angola, Telmo é acima de tudo um cidadão do mundo. Já viveu em Londres e em Paris, por exemplo, e todos os anos viaja para os mais variados pontos do Globo. Na bagagem traz com ele sempre parte do território que pisa e não é só na mente. “Tenho uma ligação especial com a terra e trago sempre areia das viagens que vou fazendo”, conta-nos o pintor, ao mesmo tempo que nos deixa sentir a textura de uma das suas últimas obrasemque aplicou areia trazida de um destino longínquo. Com um currículo vasto, de onde sobressai o Curso livre de Pintura, Gravura e Litografia, no Sir George Wallace School of Fine Arts, em Londres, ou o estágio no Atelier Michel Vallois, em Paris, ou ainda a participação na colecção de arte pública do New Museum of African Contemporary Art, em Nova Iorque, nos Estados Unidos, Telmo Vaz Pereira há muito que já não expõe os seus trabalhos em Portugal. “As exposições aqui só servem para embelezar as paredes das galerias, porque ninguém compra peças”, desabafa, revelando estar a preparar para Setembro uma exposição em Barcelona, cidade onde encontra “muitos coleccionadores de arte”. O próprio mercado angolano é muito mais forte que o actual em Portugal, mas a guerra de outrora obrigou-o a sair da sua terra natal. “Dei por mim a beber uma garrafa do‘whisky’ todas as noites para suportar o barulho dos tiros, até que percebi que assim estava a tornar-me alcoólico. Tive que sair de lá e vim para Portugal onde tenho um filho”, justifica. Para além da pintura, onde os tons quentes da terra estão sempre em especial evidência, TelmoVaz Pereira também se dedica à escultura, apesar de isso requerer um espaço muito maior para trabalhar, e à fotografia. Actualmente, o artista está num ateliê em Benfica, sempre que o trabalho emMiraflores o permite. “Quando procurei emprego pensei logonuma função assim do género para poder ter tempo para continuar comos meus trabalhos”, explica, referindo-se aos turnos onde enfrenta 12 horas seguidas, de modo a ter folgas a cada dois dias de trabalho. Enfatizando que “a lei da sobrevivência” é a ditadura dos novos horários que abraça, Telmo Vaz Pereira mostra-se tudo menos desgastado e encontra nestas “dificuldades” alento, e até inspiração, para empregar na sua arte.

Pesadelos

No sábado acordei com a Princesa cá de casa a fugir que nem uma desvairada da sua caminha. Chamei-a. Ela soluçava e dizia que tinha uma aranha na cama, uma aranha gigante, que a queria picar. Veio para a minha cama. Expliquei-lhe que era um sonho, um sonho mau, que não havia aranha nenhuma e que podia ficar descansada que ficava comigo. Esta noite, acorda o pai das minhas crianças. A meio da madrugada, noite serrada, começa a destapar-se e levanta-se num ápice. Pergunto-lhe se está tudo bem. Pede para eu acender a luz e quase que desfaz a cama toda à procura não sei de quê. Olha para mim, pede desculpa e volta a deitar-se para dormir. Apaguei a luz e virei-me para o outro lado. Desde que o conheço que volta e meia tem noites assim, de falar e levantar-se... enfim... Hoje quando nos cruzamos no banho diz: ontem sonhei com uma cobra na nossa cama.
Posto isto, é assim, meus senhores: se houver por aí alguém que conheça um sítio em que se vendam noites tranquilas, de soninho pesado e profundo da noite até ao raiar do dia, digam-me por favor, que preciso de comprar uma boa meia dúzia.
Se os três filhos sairem ao pai, já estou a ver a minha vidinha para todo o sempre...

Profecia

A minha mãe sempre que lava os vidros diz sempre: Vamos lá ver se não chove, sempre que lavo os vidros chove no dia a seguir.
Eu, na segunda-feira ao chegar a casa passou-me uma coisa pela cabeça e toca de me pôr a lavar as janelas. Ontem, depois de um dia que mais parecia Outono, a noite foi de Inverno, com nevoeiro serrado e chuva pegada...
Sou menina (neste momento, só neste momento) para deitar o limpa vidros fora e nunca mais abrir cortinas para espreitar as janelas... ah, pois sou!

terça-feira, 20 de julho de 2010

“Rotas” do Tiago para levar de férias



Acabo de chegar à redacção e tinha-o em cima da minha mesa de trabalho. “As Rotas do Sonho” é o novo e terceiro livro de Tiago Salazar. O último dele “A Casa do Mundo” li-o num ápice. Sou suspeita: adoro viajar e devoro livros de viagens. Quando não se pode partir efectivamente, estes livros ajudam a cabeça a ir para longe e a encontrar poiso em culturas distantes. Sobretudo porque não se tratam de um roteiro para o turista, mas um testemunho dos outros mundos que há por aí fora. O Tiago Salazar escreve muitíssimo bem. Conseguimos ver o que ele viu, falar com quem ele falou e até ficar com saudades dos rostos que ele vai deixando para trás à medida que avança na viagem. “As Rotas do Sonho” conta com prefácio de Mário Zambujal, um nome que dispensa apresentações, como todos devem estar a pensar nesta altura. Neste livro, Tiago Salazar volta a levar-nos por destinos longínquos e tão diferentes entre si como o Nepal e Veneza, ícone do romantismo europeu. Mas também vamos para África, Índia, Cuba.Tal como os outros livros dele, o autor apresenta-nos os escritos seguidos e divididos por etapas, deixando o centro do livro para um conjunto de fotografias de paisagens e rostos que enriquecem as palavras ditas. A edição é da Oficina do Livro e eu vou colocá-lo já na minha mala de férias. Verdade seja dita que ainda não sei bem para onde vou, mas “As Rotas do Sonho” vão comigo...

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Obras

Cá em casa estamos em obras. Começaram na sexta-feira, continuam hoje e na próxima semana têm que estar prontas, não só porque quero por-me ao fresco, como as próprias fábricas dos materiais fecham, pelo que tem que cá estar tudo até acabar o mês. Eu detesto obras. Por tudo. Pelo barulho infernal, que foi na sexta-feira, mas sobretudo pelo pó branco, fininho, irritante, que continua pela casa, mesmo depois de um banho de esfregona e pano do pó. Mas há que ver sempre a coisa pelo lado positivo e eu, que gosto tanto de aprender, já fiquei a conhecer mais uns truques dos empreiteiros. Então não é que, aquele friso, que faz a união entre a parede e o tecto, não é estuque, nem gesso, nem algo parecido que o valha? É esferovite... hum? Pois é. Super fácil de retirar depois de cortar com um simples x-acto. Ele há coisas...