quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Medo

Digamos que as medidas de austeridade acabadas de anunciar dão-me medo. Mesmo. Muito medo.

Vedetismos

Se há coisa que não suporto é vedetismos e faltas de respeito pelo trabalho e pela vida dos outros. Ontem, um trabalho que devia começar às 16h, já passava das 18h quando começou a vislumbrar-se, para começar, efectivamente, às 18h30, ou seja, duas horas e meia depois. Era uma entrevista colectiva à actriz brasileira Susana Vieira e, com a constante justificação de atrasos nas gravações, completamente imprevistos, pois claro, os jornalistas foram desesperando com as horas a passar. Pois se todos se viessem embora, acabavam-se estes vedetismos... digo eu.
É que para além de outros trabalhos para fazer, uma pessoa também tem filhos nas escolas e as escolas fecham, certo?
Mas a culpa não é da senhora, é nossa que ficamos à espera e aguentamos o barco.
É apenas um desabafo...
(passadas estas horas, ainda não me passou o stress. Isto de saber que temos um bebé numa escola, que inclusivamente já terminou o seu horário de creche, é tudo menos agradável)

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Tão crescida

A opinião é unânime: a princesa lá de casa está muito mais crescida desde que entrou para o Jardim de Infância da Escola Primária. É a atitude, a maneira de falar, as cantorias (muito menos inocentes!), enfim, basicamente tudo. Para o bem e para o mal. No fim-de-semana quando fomos ao parque disse logo que não queria que eu a empurrasse nos baloiços, que ela própria dava balanço. Que bom. E pensar eu que há meses, se calhar anos, que lhe tentava ensinar aquilo. Bastou três semanas na escola, para isto. Já a semana passada chegou a casa e respondeu-me a tudo o que lhe perguntava com um “podes crer”: menos bom... mas, sem problemas, já que entretanto parece que já se esqueceu. E ontem, quando fui buscá-la à escolinha, tinha na prateleira dela um convite para uma festa de anos. Estava radiante, claro. E eu prometi que a levava a casa da amiga, por mais que me me vá custar deixá-la pela primeira vez numa casa de pessoas que não conheço, mas não há-de ser nada....

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Luxo é...


Chegar a casa do trabalho e não só ter o jantar alinhavado, roupa apanhada do estendal e tudo orientado, como ter à minha espera um ramo de flores que a minha própria filha colheu quando vinha da escola a pé com o pai. Tão bom...

Obrigada dona Coluna

Tirando as dores que lhe deu e o trabalho que me está a dar a mim, que isto de gerir sozinha uma casa com duas crianças pequenotas e uma barriga de sete meses bem aviados, está a ser tudo menos fácil, a verdade é que a operação à coluna dele trouxe também muitas coisas boas. Pois que saiu lá de casa o marido surfista e trabalhador de fato e gravata, que saia cedo e entrada tarde, e ganhei o marido dono de casa, que por não se poder sentar e por já estar farto de estar deitado lá vai fazendo umas preciosidades enquanto deambula por ali a pé. Tudo sem pesos obviamente, que não pode fazer força alguma, não pensem que o ando a escravizar. No outro dia meteu mãos à papelada e quando cheguei a casa tinha o nosso escritório num brinco: facturas de há anos no lixo e o que realmente interessa arquivado no sítio certo. Também já fez a sopa para os miúdos e ontem quando cheguei não só tinha o jantar quase pronto como ainda por cima tinha lavado o frigorífico todo e se ele precisava!!! Pois que se eu soubesse disto, já o tinha mandado há mais tempo ao Neurocirurgião que o operou. E de facto, brincadeiras à parte, não há nada melhor para ter uma casa em ordem que haver gente dentro dela em tempo útil, de manhã à noite, e não apenas para jantar e dormir, como é tão habitual! Isso e ter um marido jeitoso, claro, como eu tenho!!!

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Verão

Chega hoje ao fim o Verão. Durante a próxima madrugada passamos para o Outono, uma estação que tem os seus encantos, claro, mas como diz o outro, não é a mesma coisa. Não sou daquelas pessoas que tem alergia ao tempo de Inverno, ou não sou das piores. Tento sempre encontrar o lado bom das coisas e gosto de estar em casa, sobretudo de combinar coisas em casa, na minha ou dos amigos. Ter companhia é que é essencial! Mas confesso, a falta de luz, da luz natural, do sol, deprime-me. E isso, já se começa a notar, com os dias a encurtar a olhos vistos...

Ontem

Saí de casa e fui levar os miúdos à escola;
Voei até à primeira reportagem do dia;
Passei no supermercado porque os iorgurtes da pequena já começam a ameaçar desaparecer sem dar conta;
Voltei a casa para levar o meu príncipe encantado (adulto!) ao centro de saúde para mudar o penso. E só isso foi uma aventura à parte, que isto de transportar alguém acabado de ser operado à coluna tem muito que se lhe diga, sobretudo pelos inúmeros buracos que as nossas estradas têm;
Voltámos a casa e engoli o almoço;
Sai para a segunda reportagem;
Fui buscar os miúdos à escola;
Dei-lhes banho e fiz o jantar;
Deitei-os nas suas caminhas;
Arrumei a cozinha e pilotei o ferro de engomar durante uma horita. Digamos que três máquinas de roupa feitas sem passar sequer uma camisolita deles, já começava a ver-se à distância.
Digamos que, às onze ou meia-noite, acho que já nem me lembro de ter olhado para o relógio, estava assim... KO. Sobretudo pelas inúmeras birras dela, só porque sim.
A manhã de hoje compensou todo o esforço. Os dois acordaram bem dispostos e ficaram sem dramas na escola... só isso é meio caminho andado.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

A Dona Maria Luisa

Como aqui já disse vezes sem conta, uma das melhores coisas da minha profissão (sou jornalista, para quem ainda não sabe), senão mesmo a mais gratificante, são as pessoas que se conhecem que de outra forma não tinham como entrar na nossa vida, ainda que por breves instantes. Na semana passada, por causa de uma reportagem que fiz acerca de condutores séniores, conheci uma senhora de 79 anos, de porte elegante e uma energia que põe qualquer um de nós, que nos dizemos no activo, a um canto. A Dona Maria Luisa tirou a carta aos 50 anos e só por isso já merece uma vénia. Disse-me que antes nunca tinha sentido necessidade de ter a carta e só quando percebeu que os pais estavam a ficar de facto muito idosos é que viu que tinha que arranjar maneira de poder chegar a eles mais facilmente. Hoje, com 79 anos, conduz todos os dias, nem que seja para ir ao pão. Ali estava ela a participar num seminário sobre segurança rodoviária e truques para conduzir durante mais tempo e bem. Apontava tudo num caderno, como forma de manter a concentração e treinar a memória, disse-me, e não ficava por ali. Quando chegasse a casa ia passar tudo a computador para mandar por e-mail para o irmão que, por morar longe, não podia estar ali. É de se tirar o chapéu, sim senhora. E pensar que há aqueles de 40 anos que nem um ficheiro sabem anexar a um e-mail... Há tempos, esta mesma senhora, fundou uma associação de combate à solidão na terceira idade. Ela, melhor que ninguém, é capaz de encantar e tornar uma tarde melhor, só com as suas histórias. A prova de que há pessoas maravilhosamente válidas e que a idade é mesmo um pormenor que pouco ou nada interessa.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

A ver se não perco



É para mim um dos melhores discos de 2010, cantados em português, e foi sem sombra de dúvida a banda sonora do meu Verão. Tim lançou na primavera deste ano o CD “Companheiros de Aventura”, um disco cheio de boas canções e onde participam nomes tão imponentes da cena musical nacional como Rui Veloso, Vitorino, Celeste Rodrigues, entre outros. Constituído por duetos, muitíssimo bem conseguidos, o disco mostra como o lado a solo do vocalista dos Xutos e Pontapés tem cada vez mais força. Ainda há dias, fechou a Festa do Avante, num concerto em que compareceram precisamente os convidados do disco. A ser assim, não há dúvida que a futura passagem pelos Coliseus será um verdadeiro sucesso. No início do ano passado tive oportunidade de assistir ao concerto dele, sozinho, no CCB, e posso garantir que foi excelente. Assim sendo e porque este “Companheiros de Aventura” está realmente muito bom, não vou querer falhar a passagem pela mítica sala de Lisboa, nas Portas de Santo Antão. Apesar de ter recebido o CD poucos dias antes do seu lançamento oficial, em Março deste ano, ainda não tinha conseguido falar aqui deste projecto, ou não tivesse sido a minha Primavera tão atribulada como foi... Em Agosto ouvi vezes sem conta que “Tim protagonizou um dos melhores Concertos Mais Pequenos do Mundo da Rádio Comercial” e não eu dúvido disso. Venham os Coliseus...


(tou para aqui a dizer que não posso perder, mas em Dezembro, a criatura que tenho dentro de mim, verdadeiramente, já por cá anda e ainda é demasiado minúscula para a deixar... a ver vamos)

Depois da Tempestade

Haverá melhor altura do dia, do que a hora de ir buscar os miúdos à escola? Ontem, depois de deixar os dois a chorar, cada um para seu lado, de manhã na escola, fui buscá-los de coração apertado e fui recebida com dois maravilhosos sorrisos. Ele fez uma festa e gatinhou a alta velocidade para mim, não me contou como foi o dia, mas percebi perfeitamente que esteve sempre bem. Ela estava tão feliz, mas tão feliz com a escola nova que até assustou. Falou, falou, falou. Contou o que comeu, o que fez, o nome das amigas novas, uma delícia. Adora a escola nova e até agora eu também. Espero que assim continue...
Hoje já foi menos dificil a manhã. Ele não chorou como ontem, se bem que ainda não está bem convencido que agora tenha que ficar sem mim todas as manhãs. Ela já não chorou. Pediu mais um beijo, mais outro beijo e outro, mas lá ficou sem grandes dramas.
Nada como um dia depois do outro...

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Ser mãe é...

ir a chorar para o trabalho, depois de os deixar a chorar na escola.
Dá uma sensação de abandono... desamparo...
Há dias assim, em que só me apetece fugir.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Do 80 para o 8

Nas últimas três semanas estive a trabalhar em casa com os miúdos. Era um verdadeiro caos, sim senhor: ora estava a escrever e eles a “destruirem” tudo à volta, ora estava de volta deles, mas agarrada ao telemóvel para adiantar trabalho, enfim, um 2 em 1 dificil de conjugar. Mas a verdade é que foram 24 horas sobre 24 horas. Sem perder pitada da vida deles. Esta semana começaram a escolinha e eu voltei para a redacção. Birras matinais à parte, que isso todos já estamos à espera, a verdade é que passei de um extremo ao outro. Nesta fase de adaptação aos novos horários, quase que não estou com eles, enquanto eles estão acordados. De manhã, levanto-os no limite, e é sempre tudo a correr: pequeno-almoço, xixis, fraldas, mudas de roupa, etc etc. À tarde, quando os vou buscar, o sono é tanto que mal chego a casa espeto com eles no banho, ao mesmo tempo que ponho o fogão a trabalhar (aquecer sopa e comidas dos mais básico que há). Saem do banho, engolem o jantar e muitas vezes penso que nem acabam de mastigar bem a última colherada. Quando olho para eles já dormem. Fico ali a olhar para eles, com a sensação que estou a perder tanto deles. Adoro ser mãe. Mas mãe à séria. Preparar o lanche, dar banho e brincar, ler histórias, levar ao parque, cozinhar com ela, gatinhar com ele. Hoje, as coisas melhoraram. Ele acordou às 7 horas. Fiquei tão feliz. Dei-lhe o pequeno-almoço e a seguir deixei-o no chão, à vontade. Ele feliz da vida. A brincar com os brinquedos do quarto dele. A gatinhar e a esconder-se. Fez tanto barulho que a mana acordou. E antes de eles irem para a escolinha deles, tive tempo para usufruir deles. Brincaram um com o outro e comigo. Viram desenhos animados sem pressas absurdas. Comeram com toda a calma. Gosto de ser mãe assim, em pleno. De viver com e para eles. E eles são do melhor que pode haver...

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Gravador meu...


Há 6 (s-e-i-s) meses que o meu gravador digital andava desaparecido. Um desespero. É tudo tão mais fácil. Os sons ficam registados por números, é fácil encontrar as entrevistas, sem andar para a frente e para trás. E porque há trabalhos que não dá só para escrever, têm que ser gravados, voltei ao gravador de mini k7. E eu acho que foi isso. O digital viu que eu já me estava a afeiçoar novamente ao gravador antigo e às k7 e tal e pensou... bom deixa-me lá aparecer novamente senão nunca mais me perdoa... Perdoei. E já começou a trabalhar hoje, para castigo!!! Aleluia!

terça-feira, 7 de setembro de 2010

O fim dos orgasmos fingidos



Atenção a quem julga que tem os homens controlados na cama. A partir de amanhã, nada vai voltar a ser o mesmo, depois da estreia de “Sexo? Sim, mas com orgasmo”, a peça que Guida Maria leva ao palco do Auditório do Casino Estoril. Depois dos “Monólogos da Vagina”, um enorme êxito que actriz teve em cena durante muito tempo e por vários palcos do país, a actriz está de volta aos palcos, mais uma vez no formato monólogo e mais uma vez, sem papas na língua e para falar do que toda a gente tem preconceito em falar: Sexo. Por mais modernos que sejamos hoje em dia, a verdade é que continua a haver falta de diálogo, sobretudo entre pais e filhos, no que toda a assuntos de sexo. E é por isso que continuam a acontecer tantas gravidezes indesejadas e tantos abortos realizados. Nesta peça, Guida Maria faz uma viagem cronológica desde os tempos de Adão e Eva até aos dias de hoje. Não é uma comédia pura, embora tenha passagens que desencadeiam um chorrilho de gargalhadas. A partir de um texto de Dario Fo, a peça oscila entre o cómico e o trágico e deixa-nos um amargo na boca, no final, com o relato de uma violação. A ideia é deixar o público a pensar, não fazer graças gratuitas. A ideia é mostrar que o o sexo é bom, quando desejado por dois seres e que pode ser um terror quando isso não acontece. Pelo meio há uma aula para descobrir como atingir o orgasmo, porque ainda há mulheres, em pleno século XXI que nunca o sentiram. E homens: se querem saber como detectar um orgasmo falso, é ir ver a peça, porque Guida Maria revela a que sinais devemos olhar para perceber se os gemidos são falsos e verdadeiro. Eu deixo uma dica: os olhos e os dedos dos pés são os verdadeiros traidores das mulheres...
A peça está em cena a partir de amanhã, no Casino estoril, de quarta-feira a sábado, pelas 22 horas, e domingos, pelas 17 horas.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Ruca e Companhia


Atenção aos pais dos petizes à volta dos 3, 4 e 5 anos e demais idades que gostem de ver ao vivo as personagens dos Desenhos Animados. Depois do Festival do Panda que fez as delícias da pequenada no início do Verão, o final do tempo de férias também é celebrado em família, mas desta vez em Sintra, com o Fulia Kids Tour 2010. Trata-se de um espectáculo que junta as personagens do Ruca, dos Irmãos Koala e do Carteiro Paulo. O tema é “A alimentação e a vida saudável”e por vezes, como sabemos mais vale um concelho dito a brincar do que uma proibição em casa… Os bilhetes são todos ao mesmo preço: 10 euros e o espectáculo acontece no domingo, dia 12 de Setembro, pelas 18h30. Fica a dica…

Sina (ou então alergia!!)

Então não é que o miúdo começou ontem a escolinha e hoje já está doente. Com uma tosse de cão que me acordou a meio da noite a pensar que havia algum bichano na minha varanda?

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Até o Marley vai à Escola


Para ajudar a pequenada nesta fase difícil de transição das férias grandes para o regresso às aulas, a Casa das Letras acaba de lançar uma nova aventura do Cão mais conhecido dos miúdos do momento. “Marley vai para a Escola” é a nova aventura de John Grogan, o autor do besteller “Marley & Eu”, que atingiu a marca dos quatro milhões de exemplares vendidos e que catapultou o traquinas cão para as telas do cinema. Neste novo livro, com ilustrações de Richard Cowdrey, Marley continua a fazer das suas, mas sempre com boas intenções. Habituado que estava a estar sempre com os donos durante o Verão, altura de brincadeiras por excelência, ele não vai gostar quando a pequena Carlota tem que regressar às aulas…