quinta-feira, 21 de outubro de 2010

A diferença está nas pessoas

Estou cada vez mais rendida, e porque não dizê-lo, fascinada, com a escolinha da princesa mais-que-tudo. Ela já andou num colégio que para muitos era muito bom e, de facto, era sim senhora, mas este ano começou no Jardim de Infância da escolinha primária ao lado de casa. Por estar de baixa, é o pai que a vai buscar todos os dias a meio da tarde e por isso nunca sou eu que lhe tiro o bibe. Ontem quando cheguei à escola e fui vestir-lho, o bibe já não tinha dois botões. Um eu já sabia, mas dois era demais, de facto. Mas o que fazer? Vesti-lhe à mesma, que não pode estar sem ele e pensei “hoje à noite tenho que dar um jeito nisto”, porque defacto não tinha os dois primeiros botões, o que basicamente, fazia parecer que nem sequer estava abotoado. E claro com puxões daqui e dali, o mais certo era ficar sem nenhum botão mesmo no final do dia. Surpresa das supresas quando cheguei a casa: o bibe tinha botões novos! “Quem fez isto, amor?” perguntei e ela respondeu de imediato que foi a Nazaré, a auxiliar da sala dela. Fiquei boquiaberta. A escola é pública, a sala tem 25 crianças e a dita senhora anda sempre numa roda viva, porque precisa de dar assistência também à sala do lado. Hoje quando entreguei a minha filhota fui agradecer-lhe pessoalmente. Ao que ela respondeu: “Mas isso custou alguma coisa? Não me custou nada. E olhe ainda reforcei os outros para que não voltem a cair”. Fantástica. Tem sido uma lição para a vida: não interessa se a escola é pública ou privada. O que conta mesmo são as pessoas que lá trabalham. E, neste caso, não podia estar mais descansada.

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