segunda-feira, 30 de maio de 2011

É como murros no estômago

Ver pessoas cheias de valor, empreendedoras, trabalhadoras, positivas e honestas a sair de Portugal porque já não aguentam as despesas, desorienta-me. Tenho amigos nesta situação, conhecidos também que achava que não seriam capazes de deixar para trás filhos e mulher. Para não os prejudicar. Para que continuem a ter a vida mais ou menos igual. Na mesma escola, com os mesmos amiguinhos. Pais que saem do país, que deixam de os ver crescer todos os dias, para que continuem bem. Hoje soube de mais um caso destes e fiquei com a cara no chão. Reconhecer que por vezes a vida é mesmo madrasta é como levar murros no estômago. Logo eu que acredito sempre numa solução...
Soubessem os governantes deste país a quantidade de gente de valor que temos por cá e são obrigados a ir para longe para sobreviver e deixavam de campanhas esteris como é esta em que não se discutem ideias, mas apenas lugares ao sol. Portugal tem tanto potencial deitado ao lixo...

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