quinta-feira, 30 de junho de 2011

A precisar de fazer a revisão dos 32

Depois de um episódio semelhante há duas semanas, estava eu de férias em Menorca, esta última madrugada foi passada em claro, a vomitar até às cinco da manhã. Sem comer aparentemente nada ofensivo, não compreendo o que se anda a passar. Por isso, hoje estou em branco e matenho-me em pé à custa de uma goma ou outra que vou beliscando aqui e ali para me manter com energia. Cada vez mais a precisar de um tempinho para mim, para fazer, sem dúvida, umas análises (fígado? vesícula? estômago?), mas sempre com tanto, mas tanto para fazer...

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Angélico Vieira

Andava a evitar escrever alguma coisa aqui sobre este assunto, sobretudo porque tento fugir ao mediatismo exagerado que encontro em alguns meios de comunicação. Às tantas, parecia uma corrida desenfreada para o jornal x ou a revista y darem em primeiro lugar a notícia que ninguém queria ouvir, mas que todos, pelo impacto, queriam dar. A mim choca-me imenso a morte do Angélico. Não era fã dele, mas não tinha nada contra o rapaz, pura e simplesmente apenas o conhecia da TV. Penso na estupidez que é morrer na estrada. Estradas onde todos nós andamos. Por onde passamos várias vezes e onde, num segundo, muda a vida para sempre, mesmo que não a leve. Penso muito nos pais do Angélico, mas também penso muitos nos pais do rapaz que teve morte imediata e nos pais da rapariga de 17 anos que continua com prognóstico reservado. Sinto dor e não os conheco, mas sou mãe e só de imaginar choro. O tempo não volta atrás, nunca, mas pelo menos que este caso sirva de exemplo para outras pessoas. Porque há uma lição a tirar: afinal de contas o quarto ocupante teve apenas ferimentos ligeiros e era o único a usar cinto de segurança. A verdade é que o cinto salva vidas, é para isso que existe e, sejamos sinceros: em que é que o cinto de segurança nos incomoda? Porquê não usar? Não há esquecimento. Hoje em dia, qualquer carro dá sinal se algum dos passageiros não leva cinto. Sou uma pessoa extremamente positiva, crente, eu acho. Acredito sempre que as coisas vão acabar bem. E acreditei que ele ia conseguir sair deste acidente com vida. Não saiu e isso dói. Fica o alerta não só para hoje que todos falam do assunto, para sempre: temos que usar cinto de segurança.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Afinal, o café pode fazer bem à saúde

Enquanto jornalista, acabo de receber o resultado de um estudo que me parece relevante partilhar aqui. Particularmente gosto de café, mas sempre tive a ideia de que era uma bebida prejudicial à saúde. Parece que não. É a velha história: com moderação nada faz mal.
Ora leiam se estiverem para aqui virados!

"CAFÉ PODE REDUZIR RISCO DE AVC EM MULHERES

Mulheres que bebem entre uma e duas chávenas de café por dia têm menor probabilidade de vir a sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC), do que aquelas que não consomem a bebida. A conclusão é de uma investigação norte-americana, do grupo de mamografia de Karolinska, que abrangeu um total de 34.670 mulheres sem históricos de doenças cardiovasculares.

O estudo teve uma duração de 10 anos, ao fim dos quais a equipa constatou 1.680 ocorrências de problemas cardíacos diversos e, após a análise dos factores de risco, o consumo de café foi associado com um menor risco estatisticamente significativo de AVC total e enfarte cerebral.

“O café tem efeito antioxidante, diminui a acumulação de gorduras saturadas e reduz a resistência à insulina, propriedades que podem minimizar o risco de AVC. Este estudo vem, por isso, reforçar que a cafeína – frequentemente considerada como prejudicial à saúde – pode, afinal, ter um efeito protector em relação a várias patologias, como é o caso dos Acidentes Vasculares Cerebrais”, considera o Prof. Rodrigo Cunha, Neurologista.

Em Portugal, o AVC tem uma dimensão alarmante: a taxa de mortalidade é de cerca de 200/100.000 habitantes (o que corresponde a duas mortes por hora), sendo das mais elevadas na União Europeia. É responsável pelo internamento de mais de 25.000 doentes/ano e por elevado grau de incapacidade – 50% dos doentes que sobrevivem a um AVC ficam com limitações permanentes nas actividades da vida diária.

O Programa “Café e Saúde” foi implementado em Portugal, em 2007, pela AICC (Associação Industrial e Comercial do Café) com o objectivo de mudar a atitude dos profissionais de saúde relativamente ao consumo de café.É um projecto de informação, dirigido a profissionais de saúde, que procura esclarecer e desvendar mitos sobre a ingestão do café, reunir evidência científica quanto aos benefícios inerentes ao seu consumo na prevenção de algumas patologias e estimular o conhecimento específico sobre esta temática. Criado pela OIC (Organização Internacional do Café) apoia, actualmente, programas em Portugal, Espanha, Alemanha, Itália, Finlândia, França, Holanda, Rússia e Reino Unido."

segunda-feira, 27 de junho de 2011

E lá vão dois

E hoje caiu o segundo dente à criatura mais crescida cá de casa. Está linda, linda de tão feliz que está. Um orgulho, estar a crescer.

Avarcas

Uma das muitas e boas surpresas que Menorca reserva são estas sandálias típicas: as Avarcas. São feitas à mão e muito, muito confortáveis. As lojas e cheguei mesmo a visitar uma fábrica e até um pequeno sapateiro, dispõem-nas por cores e fica dificil escolher só um par, sobretudo quando encontramos alguns modelos únicos pintados à mão, com desenhos de autor. O mais engraçado é ver que os próprios Menorquinos, homens e mulheres, usam-nas no dia a dia. Não é uma coisa só para turista. Na última quinta-feira calcei as minhas para ir a um aniversário e houve logo quem me perguntasse se eram de lá porque as pequenas infantas espanholas trazem sempre umas calçadas nas férias de Verão. Não fazia ideia, mas fiquei fã. Sandalocha confortável para caminhar com o calor é uma peça indispensável...

Entre mãe e a alimentação dos seus bebés não metam a colher...

Agora por isso, lembrei-me de um episódio deveras caricato que me aconteceu na tarde de sábado. Encontrámos uns conhecidos nossos que tiveram uma bebé em Fevereiro. Tem quatro meses, a pequena, portanto, e a mãe contava orgulhosa que a miúda comia tudo. Mas tudo mesmo. "Ontem comeu um epá, e hoje foi o Magnum Côco", contava ela de sorriso embevecido. "Verdade?", perguntava eu meio incrédula. E ela continuava que a miúda era uma maravilha, assim e assado, mas que para comer a sopa e a papa era o cabo dos trabalhos porque não queria abrir a boca. E pergunta-me: "Se calhar vou dar-lhe a sopa fria, faz-me impressão, mas eu acho que ela não come pelo quente..." e, respondi eu: "Então porque não experimentar uma papa de iogurte, em fez da papa com água quente, sempre dá para ver se é uma questão de temperatura..." Resposta: "Ai, não, tenho medo, iogurtes só se pode dar a partir dos seis meses e ela tem quatro". Ok... e os gelados? Enfim, nestas minhas andanças pela maternidade aprendi uma coisa: entre mãe e alimentação dos filhos (educação, roupas, colégios e tudo mais também) não se mete o nariz. Aprendi a concordar com tudo. Cada um sabe de si e dos seus... verdade? Mas magnum de Côco é um bocado de mais, não acham?

E ainda falta o S. Pedro

A juntar ao arraial de quarta e ao outro de sexta, por sinal a melhor festa de final de ano lectivo em que eu alguma vez estive: muito bem organizada, com muito espaço (O colégio dele é numa Quinta), muita comida e boa disposição, no sábado ainda tivemos mais um arraial. Com muitas rifas, muita caipirinha, bailarico e sorrisos pela noite dentro. Vai daí que a gaiata mais pequena já tenha deixado ver as duas favolas de cima (quatro dentitos no total). E ainda falta o S. Pedro, que é de Sintra, mas que é muito festejado na Ericeira. Acho que já não tenho mais barriga para entremeada no pão, mas a miúda parece querer comer o mundo. Ontem agarrou-se à taça da Melancia que só não a virou num ápice porque fui a tempo. Mesma assim ainda engoliu uns três quadraditos... Cheira-me que vai ser um bom garfo.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

A “Infanta” de Raquel Ochoa


Conheci a Raquel Ochoa aqui há uns anos quando, com uma amiga comum, veio um dia até Ribeira d’Ilhas, Ericeira. Era finalista de Direito (ela e essa nossa amiga comum) e contava-nos a mim e ao meu marido, que tinhamos feito há pouco tempo uma viagem à Costa Rica, inesquecível, por sinal, dos seus planos para uma viagem de longos meses à América Central e do Sul. Estávamos deliciados com os planos dela. Ela queria marcar o tempo, depois de terminada a Universidade e antes de se entregar à vida profissional, fazer aquela viagem de longos meses sem vir a casa, palmilhar quilómetros de vidas e culturas diferentes. Mal sabia ela que essa viagem que começava dali a dias, penso eu com a primeira paragem em Buenos Aires, se a memória não me atraiçoa, lhe ia mudar por completo o rumo. Não sabia, mas devia calcular, porque ninguém pensa ficar igual depois de uma jornada deste género, entregue a ela própria, pelo mundo fora. Foi no regresso que escreveu o seu primeiro livro, resultado dessas memórias, e a partir daí não mais parou. No ano passado comprei numa Feira do Livro (dessas que invadem as terriolas em cada verão) “A Casa-Comboio”, livro que lhe valeu o Prémio Revelação Agustina Bessa-Luís. Agora, chegou-me há dias este novo romance “D. Maria Adelaide de Bragança, A Infanta Rebelde”. Um livro que nos apresenta a tia de D. Duarte, Duque de Bragança, hoje com quase 100 anos e com uma vida que vale a pena conhecer de tão rica que é. Tão rica como a própria escrita de Raquel Ochoa. Comecei ontem a ler e fiquei presa a ele. A Raquel sabe como agarrar um leitor e tem uma coisa que a mim me incutiram logo nos primeiros dias de jornalista: o gosto por palavras de “500 paus”. Dizia-se assim, na altura. Não utiliza um vocabulário fácil, mas não é uma escrita difícil. O que quero dizer é que marca a diferença, não é banal. Tem gosto pela escrita, pelas palavras, pelo português e isso agrada-me. Gosto de histórias verídicas e acho que vou gostar muito de conhecer esta senhora que a Raquel agora nos apresenta. A edição é da Oficina do Livro.

Sempre em festa

Na quarta-feira foi o arraial na escola da pequena mais crescida cá de casa. Hoje é o arraial na escola do rapazola do meio. Ontem, tivemos a festa do primo Alexandre. Haja panças para aguentar tanta febra e entremeada no pão!! Não sei se foi por isso, mas a gaiata pequenota, de sete meses, decidiu mostrar a sua primeira favola... pelo sim, pelo não pode ser que alguém lhe dê uma sandocha logo à tarde! Tão espera, a miúda...

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Mulher no poder

Não sou propriamente feminista. Não acho que os homens tenham que abrir a porta do carro às mulheres, nem afastar as cadeiras. Mas gosto que se dêem as mesmas oportunidades aos homens e às mulheres. Os cargos, políticos, sociais, profissionais sejam eles de que área forem, devem ser entregues a quem tem capacidade para os desempenhar, independetemente do sexo. E é por isso que ontem fiquei particularmente contente com a eleição de Assunção Esteves como a primeira mulher presidente do nosso Parlamento. Não conheço o curriculum da senhora, apenas o que a comunicação veiculou ontem nos noticiários e pelo que ouvi parece-me uma mulher forte. E isso é que importa.

terça-feira, 21 de junho de 2011

José Águas, pelas palavras da filha


Tristes daqueles que não encontram nos pais uma referência para toda a vida, um orgulho arrebatador, um amor infinito. De uma maneira ou de outra, todos nós temos sempre vontade de homenagear os nossos pais (quando digo pais referimos ao pai e mãe, evidentemente), mesmo que seja apenas com um obrigada, um beijo, um abraço. Foi isso que fez Lena d’Água. A cantora de “Sempre que o amor me quiser” (é impossível falar de Lena d’Água e não cantarolar esta canção!) acaba de lançar, através da Oficina do Livro “José Águas, o meu pai herói”. Neste livro, a filha, cantora, escritora assina como Helena Águas, nome de baptismo, e passa em revista a vida do homem que a fez nascer, através de episódios dentro e fora de campo. Porque foi um vulto grande do futebol português, acredito que este seja um testemunho importante a ler por quem é amante de futebol. Entre as 280 páginas do livro, há fotografias da vida dele em família e com a camisola das Quinas vestida.

Et Voilá





Cá está a reportagem que fiz para a TV Mais. Estou orgulhosa do trabalho que fiz, sobretudo porque foi uma ideia minha, arrisquei e consegui vender. Foi a primeira vez, em 10 anos a passar recibos verdes, que me comportei como uma verdadeira free lancer. A escrever e a vender. Sabe tão bem ver o trabalho final...
Em breve sairá uma outra que vergonhosamente está a demorar uma eternidade a ser escrita. Gosto tanto do tema e da pessoa em si que tenho medo de falhar nalguma coisinha... mas dentro de semanas está nas bancas.
(desculpem a qualidade da digitalização, mas não tenho jeitinho nenhum para estas coisas. A ideia era só mostrar o aspecto da reportagem, para ler o melhor mesmo é ser em papel. Ainda está à venda.)

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Luxo

Luxo é chegar de férias e ter na caixa de correio três novos livros, novos seguidores por aqui e a minha primeira reportagem publicada na TV Mais. Fiz um caso real de um doente celíaco: o seu dia a dia, dificuldades e limitações. Leiam, está bem gira, modéstia à parte...

Do último dia para cá

Peguei na família e apanhámos um avião para Menorca. Uma semana de férias num mar azul turqueza. Uma paisagem linda. A ideia era descansar, mas consegui chegar mais exausta do que fui. Mas foi maravilhoso, claro! À cria mais crescida caiu o primeiro dente. O rapaz do meio fez um sucesso com as miúdas, sobretudo as trintonas!!! A pequenota não se importou com as voltas. Pormenores para depois, que agora estou mais do que atrasada no meu trabalhito, claro está. Então, até já!

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Um exemplo a seguir


Ontem, chegou à minha caixa de correio este livro “Acreditei e consegui”, escrito pela primeira vencedora do concurso “The Biggest Loser”, que todos reconhecemos de ver na SIC. E o que pensei imediatamente foi: Olha, aí está um bom incentivo para eu conseguir emagrecer. Não que esteja mais gorda, mas nunca fui magra. Mas, pior do que isso, é que ultimamente só ando a comer coisas que fazem mal. Devoro batatas fritas. Não resisto a um doce. Não digo que não ao arroz, ao feijão, sei lá. Estou a sentir que preciso de desintoxicar, mas ao mesmo tempo não estou para aí virada e caio sempre em tentação. Neste livro, Ali Vincent, que perdeu mais de 45 quilos no concurso televisivo, fala da sua experiência sobretudo emocional. Mostra como perder peso não é uma atitude meramente física, mas parte do interior. Ela conta que mudou, que é outra, que nunca mais vai recuperar os tantos quilos perdidos. E é disso mesmo que eu preciso, de mudar… Acho que vamos ser grandes amigos, eu e este livro da Academia do Livro, Grupo Leya.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Faz-me falta o sol

Se o S. Pedro soubesse a falta que o sol me faz. Este cinzentismo com que ele insiste em pintar a minha janela há dois dias obriga-me a franzir a testa, a ficar com os olhos pequeninos, pestanas a pesar e uma vontade sobre humana de dormir. E logo eu, que tenho sempre tanto para fazer. Não quero sol para ir à praia (pelo menos para já), nem para dar um mergulho na piscina. Quero sol para trabalhar por favor. Falta-me energia, as ideias não fluem. Já bebi café, mas não substitui o banho de energia que um raio de sol me dá. Se o S. Pedro soubesse de tudo isto, acho que me fazia a vontade e pintava o céu de azul... Fica o recado, pode ser que goste de ler blogues e passe por aqui...

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Da noite de ontem

Em noite de eleições gosto de andar a passear por todos os canais televisivos. Ver como abordam as questões, como se reinventam, que convidados e comentadores convidaram. Ontem confirmei para mim mesma duas coisas:
1.ª que o Ricardo Costa é um dos melhores (senão mesmo o melhor) jornalistas de política. Claro, directo, sem sorrisos nem falsas esperanças.
2.ª que em Portugal cada vez mais se confunde política com futebol. Acreditar que com um novo governo, Portugal possa tomar um novo rumo, é uma coisa. Agora, sair para a rua, aos gritos, de bandeiras e balões nas mãos como se a crise tivesse acabado para todo o sempre é outra. Ganhar as eleições não é ganhar o campeonato. O Governo mudou. O País político mudou. Mas as dificuldades económicas são exactamente as mesmas de há dias atrás. E vamos ver se não vão ainda piorar... quero acreditar que não.

Equação difícil

Saia de ganga+saltos altos+3crianças+chuva
do melhor para começar a manhã....

domingo, 5 de junho de 2011

Pergunta absolutamente irresistível

- Mãe, quando puderes dás-me colinho?
(Carolina, cinco anos, enquanto eu vestia o pijama aos irmãos. Nunca fez uma birra por ciúmes nem teve alguma vez uma atitude pateta para chamar a atenção. Adora ter irmãos e sabe perfeitamente que eu tenho que cuidar de quem é mais pequenote. Há pouco fez-me esta pergunta. Larguei tudo. Dei o colo que ela queria. Adormeceu. Já lhe disso várias vezes e digo sempre: é a melhor filha do mundo e devo-lhe a ela ter conseguido esta família maravilhosa de três filhos. É uma irmã exemplar, ajuda-me no máximo que pode e adora a família que tem. É linda. Obrigada, filha.)

Eleições

16. 16 hipóteses de voto. É uma coisa que me fascina e intriga esta panóplia de escolha no boletim de elições. Com o país na miséria, com o futuro negro que nos fazem crer que será, como é que há tanta gente, mas tanta gente, a querer assumir responsabilidades? Porque é de responsabilidade que andamos à procura, não de modelos fotográficos nem papagaios raros...

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Levar ou não crianças para levantar o C Cidadão

Então isto funciona assim:
Duas semanas depois de ter ido com os miúdos fazer o Cartão do Cidadão, á Defensor de Chaves (junto ao Campo Pequeno, Lisboa), hoje voltei lá para levantar os cartões. Pelo sim, pelo não, levei os miúdos todos. A Senhora que me atendeu há 15 dias, garantiu-me que não era necessário. Mas cada pessoas é uma pessoa, ou cada funcionário público é um funcionário público e hoje podiam dizer-me outra coisa e eu não moro ali a cinco minutos que vá buscar os miudos à escola e já volto. Entrei sozinha e quem me atendeu pergunta. "Quando fez os cartões pediu a declaração em como eles não iam estar presentes na hora da entrega". "Acho que, sim, pelo menos foi-me dito que não era necessário trazê-los". Então, pelos vistos a coisa funciona assim: caso não queiram regressar com os petizes ao registo/loja do cidadão, isso tem que fical logo escrito na altura de fazer os Cartões. Uma espécie de compromisso à priori que permite à pessoa que está a fazer os cartões, e só ela, levantar os ditos.
Espero ajudar alguém com esta explicação. Que isto não há pachorra para andar com os filhos para trás e para diante em organismos públicos.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

O maravilhoso Dia da Criança


Desde sempre que adoro o dia mundial da criança. Primeiro porque era criança e isso, leia-se contou até nascer a minha primeira filha(!), depois porque agora sou mãe. É curioso porque as maiores recordações que tenho dos meus dia da criança pouco têm a ver com presentes, ou melhor, com bens materiais. Por norma era o Dia em que iamos à Feira do Livro, quase sempre havia um passeio na escola e houve um ano que os meus pais me deram um hamster. A melhor prenda que tive. Nunca tinha tido animais de estimação, a não ser os tradicionais peixes no aquário e piriquitos em casa das avós. Ter um hamster, para mim, naquela altura, foi como ter um cão, um gato. Andava com ele ao colo, para a frente e para trás, coitado do bichano... Hoje foi de novo Dia Mundial da Criança. Um dia especial, como fiz questão de ensinar à minha filhota mais crescida. Há meninos que nem sequer podem andar na escola, quanto mais terem festa na escola... É importante que percebam a importância de se celebrar o ser pequeno, sem ser apenas e só (mais) um dia de festa. Quando os meus filhos acordaram e foram para a minha cama, onde todos os dias tomam o pequeno-almoço, já lá estavam mimos para eles. Coisas simples, mas embrulhadas que no outro dia, a mais crescida não me agradeceu uma prenda porque não estava embrulhada e como tal não conta como prenda. Abriram os presentes, enchi-os de beijos e lá fomos numa correria desenfreada para a escola que isto de despachar 3 e com embrulhos à mistura não é fácil. Na escola tiveram o seu dia especial e enquanto isso eu preparei-lhes em casa um bolo de chocolate para o lanche. E às tantas pensei: está tão bom tempo e se fossemos fazer um pic nic? É melhor não, a mais pequena depois chora, patati, patata... Mas, a verdade é que a ideia não me saia da cabeça. E foi assim que me lembrei de fazermos um piq nic no terraço do quarto. Com os olhos postos no pôr do sol. Com os miúdos histéricos por poderem comer ali, sentados nas almofadas dispostas na manta. Fiz uma salada com massa, todos gostam, comprei salgados, havia batatas fritas, sumos e o bolo de chocolate feito há minutos. Estivemos lá fora os cinco, num dos melhores pic nic da minha vida. Há pequenas ideias que transformam um dia, possivelmente banal, uma quarta feira de trabalho é uma quarta feira de trabalho, em momentos inesquecíves...E se há coisa que me deixa plena é sentir que vivo a maternidade ao máximo. Agora tenho uma cozinha inteira para arrumar, a roupa para passar que não estica sozinha e muito texto para escrever. Mas tenho o coração cheio.