domingo, 15 de abril de 2012

Gostar, até gostava, mas…

Pensei que hoje chegava aqui e dizia maravilhas da festinha
de anos da Carolina. E, gostar, eu até gostava de dizer, mas não posso. Seria mentira.
Há meses que ela me vinha a pedir para fazer a festa fora de casa, onde todos
os amiguinhos, ou quase todos, fazem a festa. É mais cómodo, a casa não se
suja. Não sai assim tão mais caro. E os miúdos divertem-se mais. Correm mais,
brincam mais, cansam-se mais. Na verdade, ela adorou a festa e isso deveria
bastar para eu ficar contente, mas não fiquei. Ela já lá tinha ido a quatro ou
cinco festas, já nem sei precisar, mas de todas as vezes pouco vi: fui deixar e
fui buscar e sempre que íamos para casa, ela dizia maravilhas: que tinha feito
e isto e aquilo, frito e cozido. Nunca fiquei muito bem impressionada, mas a
verdade é que acho que nenhuma correu tão mal como esta, da minha pequena
criança de agora seis anos. E porquê? Porque a ganância de ganhar dinheiro é
tanta que marcaram uma festa para depois da minha, mas a começar exactamente ao
mesmo tempo que a minha terminava. Se fosse para acontecer tudo nos mesmos
moldes, tudo bem, mas como era para um conceito completamente diferente, tudo
mal. Levantaram a mesa, ainda eu nem tinha provado o bolo. Conseguiram deitar a
minha colher fora, enquanto cumprimentava uma das mães que vinha buscar o
filho, não repuseram os sumos, quando se gabavam de ser tudo à discrição. Enganaram-se
no bolo de aniversário. Não puseram a música de parabéns. Enfim, um verdadeiro atropelo,
na hora de terminar. E eu fiquei ofendida. Levei 20 miúdos à festa. E 20 miúdos
é muito dinheiro a cobrar no fim. Não precisava de ser empurrada para a rua. Tenham
paciência. Se querem fazer uma festa depois, marquem com mais tempo de
diferença de uma para a outra. Não digo aqui onde fiz a festa, porque este
blogue não serve para estragar o nome de ninguém, acho que já é castigo
suficiente não falar do espaço. Para mim, foi a primeira e última vez que lá
fiz uma festa. Quando os amiguinhos da minha filha lá voltarem a cantar os
parabéns, ela vai com certeza, mas eu a organizar lá mais alguma coisa, não. Nunca
mais. E bem que podia ser um projecto vencedor, porque não têm concorrência
aqui na Ericeira. Mas se calhar o problema é esse, como não há concorrência, não
se preocupam com a qualidade, o rigor. E é pena. Ficámos apresentados.

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