terça-feira, 29 de maio de 2012

48 horas de mãe solteira

Mais uma vez, os meus filhos provam-me como as crianças são o melhor do mundo e como se adaptam melhor à diferença de que nós adultos. Ontem estávamos só os quatro: eu e eles os três. É esquisito dizer “só” os quatro, porque de facto só os quatro somos muitos e fazemos muito barulho. Mas não estávamos os cinco. O pai não estava. Há uns dias lesionou-se a fazer surf e foi operado ontem e os miúdos aceitaram na perfeição esse facto. Ia eu para casa a pensar que ia cair o carmo e a trindade por o pai não estar e sobretudo porque estava no Hospital e não havia como mentir-lhes. Falei demasiadas vezes ao telefone sobre a operação, pelo que não tinha como inventar que quem estava a ser operado era o vizinho de cima e o pai tinha ido de férias para o Brasil. Além de que acho mesmo que devemos contar as coisas todas, desvalorizando, obviamente e transmitindo plena confiança. Eles sabem que o pai foi ao hospital e que hoje já vai dormir a casa. Mas o mais curioso de tudo foi como eles se adaptaram à mudança. Ontem, desde que os fui buscar à escola até hoje de manhã não fizeram uma única birra. Foram para casa sem dramas e nem pediram para dar mais uma voltinha de bicicleta/trotineta/skate. Foram para casa sem gritos, tomaram banho tranquilos, comeram lindamente, sem birras e depois de lavar os dentes adormeceram logo que se deitaram na cama. Eles sabem quando é preciso ajudar. Sabem. E ontem viram que as coisas não estavam normais e não choraram, não reclamaram, não deram qualquer problema. Arrumei a cozinha tranquilamente, a horas decentes e não deixei a casa em estado de sítio como pensei que ia acontecer. Umas riquezas, estas minhas três crias! E estão mesmo de parabéns! Uns crescidos!


(e sim, já estou preparada para a grande confusão de hoje, quando tiverem de novo o pai em casa... isso é que vai ser!)

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