sábado, 27 de setembro de 2014

Um dia só para ele

As irmãs foram passar a tarde a casa de umas amigas. Estavam felizes da vida, eufóricas mesmo, até porque o convite incluía jantar! O Francisco ficou connosco e assim que deixou as irmãs em casa das amigas ficou de cara triste. Tentámos convencê-lo que de quando em vez é mesmo bom ser filho único, ter-nos só para ele. Mas ele foi perentório: "eu não gosto de ser filho único"! Traçámos planos e tentámos fazer as coisas que ele mais gosta e a verdade é enquanto andou de skate para traz e para a frente estava de sorriso na cara, mas assim que entrámos no carro perguntou se eu não ligava à mãe das amigas "para ver se está tudo bem com as manas"! Eu já sabia que ele é super sensível. Sempre foi. Parece meio abrutalhado, mas fica desorientado quando não estamos todos. Voltámos a sair, estivemos até só os dois uma parte da tarde e ele portou-se tão, mas tão bem, que até comovia. É incrível como o comportamento deles muda tanto por estarem sozinhos ou acompanhados. Tenho a certeza absoluta que se ele fosse filho único ou o filho mais velho era tão calmo como a Carolina que sempre foi uma criança fácil. E é extraordinário também como estes momentos a sós só com um filho nos fazem aproximar ainda mais deles, apaixonar ainda mais! Fomos jantar fora, como pediu, e às tantas o pai pergunta-lhe se ele não estava a gostar de ser filho único, ao que ele responder sem hesitar que não: "gosto mais de estar com as manas". E eu que nunca tive dúvidas que os meus filhos são mais felizes por se terem uns aos outros, que nós os cinco somos mais felizes precisamente por sermos cinco, que por mais trabalho que dê ter três filhos de idades tão próximas nada se equipara, hoje reforcei todas as minhas certezas. Hoje foi um dia só para ele, mas na verdade foi muito mais que isso! Obrigada, Francisco!   

Nenhum comentário: